sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Capítulo 4 - Don't touch me


Luz. Droga de luz.
Abri os olhos lentamente, forçando-os a se acostumar com a claridade constante emanada de uma lâmpada amarelada grudada no teto do quarto, lâmpada essa que nunca, absolutamente nunca era desligada, o que com certeza me geraria insônia se eu não fosse sedada todas as noites e obrigada a dormir feito um urso em época de hibernar.
Devagar fui me sentando na cama, com a visão meio sem foco e o corpo mole. Apoiei os cotovelos em meus joelhos dobrados e embrenhei meus dedos em meu cabelo descabelado, inclinando meu corpo e colocando minha face afundada nas mãos. Suspirei profundamente.
Fiquei assim por alguns segundos, tentando acostumar, meu corpo a vida e aos poucos comecei a sentir minhas pernas mais rígidas e normais.
- Demi? – quase dei um pulo quando escutei uma voz vinda de perto me chamar. Desesperada, olhei para o lado e paralisei com a imagem de um homem sentado na ponta da cama. Meu subconsciente deu um berro alto e senti minhas mãos começarem a tremer loucamente. Não, por favor, não. Ele usava um terno preto de linho perfeito que contrastava com sua pele bronzeada, a barba estava feita como sempre e a boca estampava um sorriso que, se eu não o já tivesse visto varias e varias vezes,  teria julgado como dócil.
_ Que bom que acordou, querida.
Arregalei os olhos e senti um nó enorme se formar em minha garganta.
O homem fez menção de se aproximar de mim, mas antes que conseguisse me tocar, esquivei meu corpo, pulando da cama e correndo para o canto mais afastado do quarto, com o pânico transparecendo em cada gesto.
- Não toque em mim – falei tremula, enquanto escorregava pela parede gelada e me encolhia toda no chão, abraçando os joelhos com toda a força que meu fraco corpo era capaz de demonstrar.
Wilmer soltou um risinho agudo e se levantou também, vindo em minha direção. A cada passo que dava, intensificava mais a força ao redor de meus joelhos.
- Também senti sua falta, amor – o moreno se sentou ao meu lado.
Lagrimas já desciam pela minha face e uma sensação de nojo se apoderou de mim quando senti sua respiração perto de meu pescoço, virei o rosto para o outro lado, na tentativa de não ter que olhar naqueles olhos nojentos, mas foi em vão, pois segundos depois, sua mão grande apertou minha bochecha com violência, virando minha cabeça e obrigando-me a fitar sua face.
_ Demetria, Demizinha, não seja malvada comigo _ murmurou ele irônico, puxando meu rosto para mais perto de si.
Seu aperto me impossibilitava de falar qualquer coisa e fazia com que eu só conseguisse soltar baixos resmungos de dor e medo.
Minha barriga revirava ao ver aqueles olhos negros tão perto. Eu tentei tirar seus dedos de mim com meus braços, mas ele agarrou meus pulsos com a mão livre e intensificou a força na bochecha, eu quase berrei tamanha dor.
Em um impulso ele chocou seus lábios contra os meus com força, em um selinho longo e com nojo e pânico dei uma dentada em seu lábio inferior, para afastá-lo, o que deu certo, pois tirou sua boca da minha depressa, largando meu rosto para passar os dedos na parte machucada, mas sem soltar meus pulsos.
- Me l-larga – gaguejei com a visão meio turva por conta das lagrimas.
Wilmer virou seu rosto para mim e pude ver uma raiva crescendo em suas pupilas. Rapidamente sua mão voou até minha face novamente, jogando-a contra a parede e fazendo-a bater com força na superfície branca. Gritei com a dor na cabeça e ele apenas riu, segurando minha cara para que ela continuasse ali, presa a gelada parede.
_ Demi, por incrível que pareça você está mais bonita a cada dia _ o nojento sorriu roçando o nariz pela minha bochecha e uma ânsia de vomito encheu meu estomago. _ Tenho que parar de ficar tanto tempo sem te ver, você não tem noção de quanto sinto sua falta.
O tanto tempo daquele nojento era dois dias.
- SOCORRO – berrei desesperadamente, na esperança inútil de que alguém abrisse a porta e me livrasse daquele cretino. – ME TIREM DAQUI, ME TIREM.
- Demi, quantas vezes terei que dizer que não adianta gritar, ninguém te ouvirá – Merda de isolação, merda de ala especial, merda de inferno. Ele sorriu maleficamente, beijando meu pescoço, ato que me desesperou mais ainda.
- PELO AMOR DE DEUS, ME TIREM DAQUI, PELO AMOR DE DEUS! – comecei a soluçar compulsivamente e a chorar feito uma criança, enquanto sentia sua boca percorrendo a superfície de meu pescoço. – ME TIREM DAQUI, SELENA, SELENA, SIMON, QUALQUER PESSOA, qualquer pessoa... – fui baixando o som de meus gritos ao perceber, com pânico, que o homem ao meu lado estava certo, ninguém viria me ajudar, como sempre acontecia.
Sua mão que antes jogava meu rosto na parede agora se embrenhava em meu cabelo, puxando-o para que o dono dos dedos pudesse cheirá-lo.
- Continua com o cheiro bom de sempre – murmurou após alguns segundos, depois soltou meus fios e desceu o toque até minha camisola branca. – Agora vamos ver se seu corpo continua o mesmo – soltou uma risada e nesse momento eu congelei, congelei totalmente. Meus músculos não se mexiam mais e as lagrimas caiam sem som, loucamente, de meus olhos.
As mãos de Wilmer apertaram meus ombros e me jogaram no chão. Eu senti a superfície gélida e antes que pudesse tentar me levantar, ele se sentou em cima de meus quadris, colocando todo seu peso em cima de meu corpo e segurando minhas mãos, impossibilitando qualquer movimento. Eu já estava conformada, já sabia o que aconteceria a seguir e sabia que quanto mais gritasse e esperneasse, mais dor sentiria daqui para frente. Apenas fechei meus olhos com força e fiquei parada, na esperança de que, de alguma forma, conseguisse fazer minha alma sair de meu corpo, ao menos pelo tempo em que Wilmer estivesse me machucando.
Senti suas mãos subindo minha camisola até a barriga e baixando minha calcinha até os joelhos. As lagrimas desceram mais depressa quando, pelos olhos semicerrados, o vi saindo de cima de mim por alguns segundos e baixando sua calça e cueca para baixo, mostrando algo que eu fiz questão de fechar os olhos novamente para não ser obrigada a ver.
- Continua igualzinha – disse em um tom que me deu repulsa, e sem nem esperar investiu dentro de mim, causando uma dor tremenda e um berro que escapou de meus lábios. Ele fazia movimentos rápidos, indo e vindo sem pena, enquanto eu sentia como se fosse cortada por dentro a qualquer momento. Ficou assim por vários minutos até um liquido sair de seu membro e ele suspirar de prazer, tirando-o de mim e levantando. Meus olhos doíam de tão fechados que estavam, era como se eu quisesse fundir a pálpebra superior com a inferior e água jorrava de lá dentro.
Wilmer subiu a calça e saiu andando, indo para outro canto do quarto e me deixando imóvel e com uma dor enorme jogada no chão.


(continua...)

(dois comentariozinhos e eu já posto o próximo)

5 comentários:

  1. Gentew eu juro que choreiiii...
    Nossa senhora da fan fic sagrada...
    Vcs duas autorinhas que dupla mais perfeitaaa parabéns suas lindas...
    Bjus

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    1. Dá para perceber muita diferença? Que eu fiquei com medo. Os hots e algumas cenas são delas. Sempre programamos juntas as fics kk

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  2. PERFEITO CAROL POSTA LOGO TO COM VONTADE DE ENTRAR NA SUA FIC PRA BATER NO VADIO DO WILMER.Quando eu tava lendo ela eu pensei em uma coisa rçrçr mas amei posta logo

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  3. Entra no twitter e o que pensou?? Esquece não fala aqui, fala lá...

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  4. QUE FDP KSDKDNFKDF EU VOU MATAR ESSE PUTO KN KNKXZFNKDNFKDNAFKNADKFNKSNDKSFG AARRRG VÉI COMO NÃO TINHA NINGUÉM POR PERTO? KSNKDNFKDSKNSAKNDKJEF ARRRRG ................. posta logooooooooo
    By:Milly s2

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