Gente por favor me desculpem por não estar postando... Eu estou viajando e está difícil de escrever e postar... Desculpem mesmo. Essa semana (que vem) ainda posto o próximo capítulo. Espero que não fiquem com raiva e que me perdoem. Amo vocês...
Eu ia pedir para minha amiga (a que escreveu o quarto capítulo) escrever os próximos, mas ela também sumiu...
Amo vocês
_ Carol
sábado, 29 de dezembro de 2012
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Capítulo 6 - carta.
Selena’s POV
Eu me sentia culpada por ter ajudado aquele garoto. Mas Demi
já falara tanto dele... o quanto eles se entendiam, do tempo que passavam
juntos. Eles se conheciam desde que Demi se deu por gente, ela não se lembrava
como era sua vida sem ele... Então estava fazendo o certo... Mesmo correndo o
risco de perder meu emprego...
Peguei um livro na biblioteca da minha mãe, devolvendo
assim, o Romeu e Julieta. Demi não queria mais ler esse livro depois de ter
tido a alucinação com ele. Segundo Demi, ela tinha visto uma menina de mais ou
menos seis anos, com uma faca a chamando. Demi me contou isso totalmente
envergonhada, negando, como sempre, ser louca.
Amanhã eu vou falar com Simon sobre Demi jurar de pé junto
que Wilmer a abusava todas as vezes que entrava em seu quarto depois da visita
dele. Simon sempre ficava no quarto durante as visitas, então ele saberia se
tivesse mesmo acontecido algo.
Passei os olhos nos romances procurando por um que Simon
deixaria passar muito fácil, pois nenhuma desconfiança poderia existir para com
o livro. Peguei o livro “O Morro Dos Ventos Uivantes”, feliz por te-lo encontrado
e subi para o meu quarto. (A biblioteca da minha mãe ficava em baixo da nossa
pequena casa).
Coloquei o livro na minha bolsa, não podia esquece-lo de
forma alguma e fui tomar banho. Saí do banho e deitei na cama, Demi com
certeza estava dormindo, sem nem ter a menor ideia do que o dia seguinte
aguardava.
Acordei com o despertador tocando, bem na verdade, eu
acordei quando o despertador já gritava descontroladamente. Levantei em um
pulo, nem tomei café e fui direto ao trabalho. Cheguei e já vi Joe andando de
um lado para o outro sem parar. Tive que rir da cena, ele estava a ponto de ter
um ataque de ansiedade.
_Olá_ gritei atrás dele e ele deu um pulo.
_Pensei que não fosse chegar...
_A propósito, não só cheguei, como também, cheguei adiantada...
Trouxe a carta?
_Claro que sim... Aqui está _ ele disse me entregando a
carta.
Sorri e peguei o livro. Coloquei a carta, cuidadosamente
dentro do livro e depois na bolsa, a carta não poderia aparecer de forma
alguma.
Entrei e fui direto a sala do Simon, bati na porta e ele
disse para que eu esperasse um pouco. Após alguns minutos ele me chamou e eu
entrei,
_Dr. Simon _ disse calma.
_Sim? _ Ele tirou os olhos do livro para me encarar.
_ Eu cheguei mais cedo para tratar de alguns assuntos com o
senhor. _ Ele sorriu me encorajando_ Primeiro, eu trouxe mais um livro para a
Demi. Aqui está _ tirei o livro da bolsa e o entreguei ao Simon. Ele olhou a
capa e me devolveu... Romances sempre eram aceitos. Depois eu o entreguei minha
bolsa (não podia entrar no quarto de Demi com nada) e agarrei o livro de
volta_ Segundo, você sempre fica no quarto durante as visitas de Wilmer, certo?
_Claro, não é seguro para a Demi ficar com alguém no quarto,
mesmo quando se trata do marido dela. Mas por que a pergunta?
_ É que todas as vezes que ele a visita, quando entro no
quarto ela fala que o Wilmer abusou dela...
_Eu fico lá o tempo inteiro sim e Demi fica extremamente
feliz ao ve-lo... Porém já que ela tem insistido irei fazer os exames
necessários e, enquanto isso, Wilmer não poderá visita-la.
_ Obrigada... Deixe-me ir agora doutor. Já está quase na
hora de Demi acordar.
Ele assentiu e eu sai de lá. Ontem Demi me deixou na dúvida,
mesmo ela estando vestida, ela estava mesmo acreditando que foi estuprada por
Wilmer
Cheguei no quarto de Demi, rezando para ela ainda estar
dormindo e sentei ao pé da sua cama. Quando ela começou a se mexer eu
comemorei, não aguentava esperar a hora dela descobrir o que tinha feito na
noite anterior.
_Bom dia Demi! _ eu disse animada, com uma animação maior do
que a minha normal.
_Bom dia _ ela disse sonolenta.
_Demi, eu tenho uma coisa pra você! _ sorri e mostrei o
livro _ O morro dos ventos uivantes... Espero que goste.
_ Obrigada Sel.
_ Se anime Demi!
_Por que me animaria?
_ Demetria, tem uma surpresa dentro do livro... _ pisquei
para ela e a entreguei o livro.
Ela pegou o livro de súbito, agora parecia que tinha
finalmente acordado.
Demi’s POV
Peguei o livro da mão de Selena, o que poderia ser uma
surpresa para mim? E como ela poderia estar dentro do livro?
Abri o livro e vi uma carta. Avaliei com curiosidade e abri
o envelope, não tinha nada escrito do lado de fora...
Quando reconheci a letra olhei para Selena, estava
completamente pasma, como ela conseguira?
_Apenas leia... explicações depois _ ela disse como se lesse
meus pensamentos.
Comecei a ler
“Querida Demi,
Como as coisas podem mudar em apenas cinco anos, não é
mesmo? Eu acabei de voltar da faculdade e quando cheguei aqui, Nick me disse
aonde você estava... Como as pessoas podem falar que a minha pequena Dem é
louca? Não me faz o menor sentido.
No dia seguinte que cheguei fui correndo até Dallas te procurar e não conseguir nem
chegar perto de você. Já está aí a mais de três anos, então por esses eu perdoo
a falta de correspondências, mas e os outros dois? Por que não me escreveu nem
ao menos uma carta?
Sei que se casou e não casou e não estou com raiva por
isso... Quanto a sua promessa? Bem será que ela ainda vale para sermos amigos?
Espero que sim.
Por enquanto ainda não posso te ver, mas sua enfermeira
disse que arrumaria um jeito em breve e eu espero ansiosamente pra ter minha
baixinha em meus braços. Sinto falta dos seus olhos e do seu sorriso."
Parei de ler a carta na metade, Simon tinha aberto a porta. Será que escondera a carta rápido o suficiente?
(continua...)
(cinco comentários - sem contar os meus - eu posto o sétimo capítulo... espero que gostem)
(continua...)
(cinco comentários - sem contar os meus - eu posto o sétimo capítulo... espero que gostem)
domingo, 23 de dezembro de 2012
Capítulo 5 - Wait, Wait, Wait....
Selena’s POV
Wilmer saiu do quarto da Demi e eu entrei logo em seguida.
Vi ela chorando.
_Demi, o que houve? _ Perguntei.
_Ele abusou de mim Sel, de novo. _ ela disse com os olhos
marejados, em meio aos soluços.
_Como ele fez isso com você vestida? Demi, isso é coisa da
sua cabeça. _Eu disse e ela olhou para baixo para ver se estava mesmo vestida,
quando confirmou, ela revirou os olhos e bufou. _ Demi, o Wilmer é um marido
perfeito, o homem dos sonhos de qualquer mulher...
_Fala isso porque não é você casada com ele _ Ela
interrompeu
_Demi não tem como ele fazer as coisas que fala comigo, o
Wilmer é româtico, carinhoso, faria tudo por você e te ama. _ eu disse, como
ela podia reclamar do homem perfeito?
_Repito : só fala isso porque não o conhece. E porque não é casada com ele. _ ela deu uma
pausa_ principalmente devido a segunda opção.
Joe’s POV
Cheguei em Dallas e não tive dificuldade de encontrar a clínica
onde Demi estava internada. A única coisa que Nick sabia fazer era explicar
caminhos.
Cheguei na portaria e vi uma recepcionista vestida de
branco.
_Olá senhorita _ olhei o crachá_ senhorita Faith, pode me
informar qual o horário de visita?
_Olá, boa tarde. O horário de visita é as 17 horas. _ olhei
o relógio, faltava menos de uma hora. _Qual paciente gostaria de visitar?
_Demetria Lovato...
_Desculpa senhor, ela não pode receber visitas...
_Sou o melhor amigo dela, se a perguntar, tenho certeza que
aceitaria me ver.
_Desculpa senhor.
_Eu só saio daqui depois de ve-la! _ Eu disse, sou um homem
nervoso, perco muito fácil a paciência e eu queria ver Demi.
_Não posso permitir sua entrada.
Então era isso? Terei que fazer escândalo?
_ EU VOU ENTRAR AQUI SIM, NEM QUE TENHA QUE SOCAR A CARA DE
CADA UM DE VOCÊS! SÓ SAIO DAQUI DEPOIS DE VER DEMI E NINGUÉM ME IMPEDIRÁ DE
VE-LA!
_Senhor, por favor, abaixe o tom de voz.
_EU VOU FALAR COM ELA! ME LEVE ATÉ A DEMETRIA QUE PARO DE
GRITAR!
_Senhor _ um homem mais velho, com o cabelo grisalho partido
ao meio se intrometeu _ pare de escândalo, ninguém pode visitar Demetria, o seu
estágio da doença é avançado...
_E QUEM É VOCÊ PARA CHAMA-LA DE LOUCA? _ mais um
insignificante falando que Demi era louca.
_Sou o médico quem atende o caso dela. Prazer, Simon _ disse
estendendo a mão.
_NÃO É NENHUM PRAZER! EU QUERO VE-LA.
_Não a verá, lamento. _ ele disse frio.
_Ah não? EU QUEBRO SUA CARA SEU VELHO!
_Se continuar com esse comportamento chamarei seguranças e
te colocarei em uma camisa de força.
_VAI FALAR QUE SOU LOUCO TAMBÉM? LOUCO AQUI É VOCÊ QUE FALA
QUE DEMI É LOUCA! CONHEÇO ELA DESDE QUE ME DEI POR GENTE!
Depois disso, fui carregado para fora do local por dois
seguranças, mas eu não iria desistir, permaneci na porta esperando que alguém
me desse informações sobre a Demi.
Perguntei a todos que saiam do local, a maioria médicos e
enfermeiras e, nenhum deles, sabiam me informar sobre a Demi, eles nem ao menos
sabiam da sua existência.
Até que apareceu uma enfermeira, a mais animada até então,
aparentava ter uns 23 anos, a idade que Demi teria agora e a chamei. Talvez ela
soubesse de alguma coisa.
_Ei. Menina_ gritei e ela se virou.
_Sim?
_Você por acaso sabe quem é Demetria Lovato?
_ A Demi? _ perguntou estranhando.
_Sim, a Demi! Quem é você. É que é a única que sabe da existência
dela.
_Sou a enfermeira da Demi, me chamo Selena... _ ela disse
tímida.
_ Pode me informar como Demi está? O que ela tem? Por que
veio parar aqui? Por que não me deixam ve-la?
_Calma _ ela me interrompeu, sufocada com as perguntas _ não
posso te dar essas informações, me desculpe. _ ela disse e realmente parecia
sentir muito com isso. _ Desculpa a pergunta, mas quem é o senhor? Ninguém nunca
veio procurar Demi aqui. Não que eu saiba, nem mesmo a mãe dela.
_ Sou Joseph, mas me chame de Joe_ eu disse e vi o espanto
na cara de Selena.
_ Espera aí! Então você é o famoso Joe?_ Selena gargalhou...
e espera, se ela sabe da minha existência é porque Demi, não só lembra de mim,
como também falou de mim com ela.
_Sim, sou eu.
_Como amiga da Demi, vou te ajudar. Agora ela está sedada no
quarto, todos os dias tenho que fazer isso antes de ir embora... _ Eu a olhei
com raiva e ela percebeu _ desculpa, é o meu trabalho, não vejo necessidade
nisso, mas não posso perder meu emprego. _ tive que compreender, pois aquela
menina não tinha culpa de nada e tinha regras a seguir. _ vou tentar arrumar um
jeito de entrar para conseguir vê-la, porém enquanto não arrumo essa forma
escreva uma carta para ela que já sei como entregar.
_ Obrigado _ eu disse _ Por que está me ajudando? Quer
dizer, sou muito grato, porém está correndo riscos e pode perder seu emprego.
_Eu sei que fará bem a Demi _ ela deu de ombros _ Só teremos
de ser cuidadosos. _ ela disse e concordei com a cabeça. Cautela e cuidado era
o mínimo que podia fazer por aquela menina.
_ Selena, vou tomar cuidado... e obrigado.
_De nada. Amanhã me encontre aqui por volta de seis e meia
da manhã
Assenti, com certeza estaria lá.
Fiquei em um hotel barato perto de Dallas escrevi a carta,
fechei o envelope e fui dormir, mesmo não sendo nem sete horas da noite ainda.
Estava exausto e a ideia de Demi ler uma carta minha me acalmava.
Minha preocupação não mudou, porem tinha sido um dia longo e
tinha que dormir para amanhã está bem cedo na clínica. Mas será que Selena
conseguiria entregar a Demi a carta?
(continua...)
(com três comentários eu posto)
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Capítulo 4 - Don't touch me
Luz. Droga de luz.
Abri os olhos lentamente, forçando-os a se acostumar com a claridade constante emanada de uma lâmpada amarelada grudada no teto do quarto, lâmpada essa que nunca, absolutamente nunca era desligada, o que com certeza me geraria insônia se eu não fosse sedada todas as noites e obrigada a dormir feito um urso em época de hibernar.
Devagar fui me sentando na cama, com a visão meio sem foco e o corpo mole. Apoiei os cotovelos em meus joelhos dobrados e embrenhei meus dedos em meu cabelo descabelado, inclinando meu corpo e colocando minha face afundada nas mãos. Suspirei profundamente.
Fiquei assim por alguns segundos, tentando acostumar, meu corpo a vida e aos poucos comecei a sentir minhas pernas mais rígidas e normais.
- Demi? – quase dei um pulo quando escutei uma voz vinda de perto me chamar. Desesperada, olhei para o lado e paralisei com a imagem de um homem sentado na ponta da cama. Meu subconsciente deu um berro alto e senti minhas mãos começarem a tremer loucamente. Não, por favor, não. Ele usava um terno preto de linho perfeito que contrastava com sua pele bronzeada, a barba estava feita como sempre e a boca estampava um sorriso que, se eu não o já tivesse visto varias e varias vezes, teria julgado como dócil.
Abri os olhos lentamente, forçando-os a se acostumar com a claridade constante emanada de uma lâmpada amarelada grudada no teto do quarto, lâmpada essa que nunca, absolutamente nunca era desligada, o que com certeza me geraria insônia se eu não fosse sedada todas as noites e obrigada a dormir feito um urso em época de hibernar.
Devagar fui me sentando na cama, com a visão meio sem foco e o corpo mole. Apoiei os cotovelos em meus joelhos dobrados e embrenhei meus dedos em meu cabelo descabelado, inclinando meu corpo e colocando minha face afundada nas mãos. Suspirei profundamente.
Fiquei assim por alguns segundos, tentando acostumar, meu corpo a vida e aos poucos comecei a sentir minhas pernas mais rígidas e normais.
- Demi? – quase dei um pulo quando escutei uma voz vinda de perto me chamar. Desesperada, olhei para o lado e paralisei com a imagem de um homem sentado na ponta da cama. Meu subconsciente deu um berro alto e senti minhas mãos começarem a tremer loucamente. Não, por favor, não. Ele usava um terno preto de linho perfeito que contrastava com sua pele bronzeada, a barba estava feita como sempre e a boca estampava um sorriso que, se eu não o já tivesse visto varias e varias vezes, teria julgado como dócil.
_ Que bom que acordou, querida.
Arregalei os olhos e senti um nó enorme se formar em minha garganta.
O homem fez menção de se aproximar de mim, mas antes que conseguisse me tocar, esquivei meu corpo, pulando da cama e correndo para o canto mais afastado do quarto, com o pânico transparecendo em cada gesto.
- Não toque em mim – falei tremula, enquanto escorregava pela parede gelada e me encolhia toda no chão, abraçando os joelhos com toda a força que meu fraco corpo era capaz de demonstrar.
Wilmer soltou um risinho agudo e se levantou também, vindo em minha direção. A cada passo que dava, intensificava mais a força ao redor de meus joelhos.
- Também senti sua falta, amor – o moreno se sentou ao meu lado.
Lagrimas já desciam pela minha face e uma sensação de nojo se apoderou de mim quando senti sua respiração perto de meu pescoço, virei o rosto para o outro lado, na tentativa de não ter que olhar naqueles olhos nojentos, mas foi em vão, pois segundos depois, sua mão grande apertou minha bochecha com violência, virando minha cabeça e obrigando-me a fitar sua face.
_ Demetria, Demizinha, não seja malvada comigo _ murmurou ele irônico, puxando meu rosto para mais perto de si.
Seu aperto me impossibilitava de falar qualquer coisa e fazia com que eu só conseguisse soltar baixos resmungos de dor e medo.
Minha barriga revirava ao ver aqueles olhos negros tão perto. Eu tentei tirar seus dedos de mim com meus braços, mas ele agarrou meus pulsos com a mão livre e intensificou a força na bochecha, eu quase berrei tamanha dor.
Em um impulso ele chocou seus lábios contra os meus com força, em um selinho longo e com nojo e pânico dei uma dentada em seu lábio inferior, para afastá-lo, o que deu certo, pois tirou sua boca da minha depressa, largando meu rosto para passar os dedos na parte machucada, mas sem soltar meus pulsos.
- Me l-larga – gaguejei com a visão meio turva por conta das lagrimas.
Wilmer virou seu rosto para mim e pude ver uma raiva crescendo em suas pupilas. Rapidamente sua mão voou até minha face novamente, jogando-a contra a parede e fazendo-a bater com força na superfície branca. Gritei com a dor na cabeça e ele apenas riu, segurando minha cara para que ela continuasse ali, presa a gelada parede.
_ Demi, por incrível que pareça você está mais bonita a cada dia _ o nojento sorriu roçando o nariz pela minha bochecha e uma ânsia de vomito encheu meu estomago. _ Tenho que parar de ficar tanto tempo sem te ver, você não tem noção de quanto sinto sua falta.
Arregalei os olhos e senti um nó enorme se formar em minha garganta.
O homem fez menção de se aproximar de mim, mas antes que conseguisse me tocar, esquivei meu corpo, pulando da cama e correndo para o canto mais afastado do quarto, com o pânico transparecendo em cada gesto.
- Não toque em mim – falei tremula, enquanto escorregava pela parede gelada e me encolhia toda no chão, abraçando os joelhos com toda a força que meu fraco corpo era capaz de demonstrar.
Wilmer soltou um risinho agudo e se levantou também, vindo em minha direção. A cada passo que dava, intensificava mais a força ao redor de meus joelhos.
- Também senti sua falta, amor – o moreno se sentou ao meu lado.
Lagrimas já desciam pela minha face e uma sensação de nojo se apoderou de mim quando senti sua respiração perto de meu pescoço, virei o rosto para o outro lado, na tentativa de não ter que olhar naqueles olhos nojentos, mas foi em vão, pois segundos depois, sua mão grande apertou minha bochecha com violência, virando minha cabeça e obrigando-me a fitar sua face.
_ Demetria, Demizinha, não seja malvada comigo _ murmurou ele irônico, puxando meu rosto para mais perto de si.
Seu aperto me impossibilitava de falar qualquer coisa e fazia com que eu só conseguisse soltar baixos resmungos de dor e medo.
Minha barriga revirava ao ver aqueles olhos negros tão perto. Eu tentei tirar seus dedos de mim com meus braços, mas ele agarrou meus pulsos com a mão livre e intensificou a força na bochecha, eu quase berrei tamanha dor.
Em um impulso ele chocou seus lábios contra os meus com força, em um selinho longo e com nojo e pânico dei uma dentada em seu lábio inferior, para afastá-lo, o que deu certo, pois tirou sua boca da minha depressa, largando meu rosto para passar os dedos na parte machucada, mas sem soltar meus pulsos.
- Me l-larga – gaguejei com a visão meio turva por conta das lagrimas.
Wilmer virou seu rosto para mim e pude ver uma raiva crescendo em suas pupilas. Rapidamente sua mão voou até minha face novamente, jogando-a contra a parede e fazendo-a bater com força na superfície branca. Gritei com a dor na cabeça e ele apenas riu, segurando minha cara para que ela continuasse ali, presa a gelada parede.
_ Demi, por incrível que pareça você está mais bonita a cada dia _ o nojento sorriu roçando o nariz pela minha bochecha e uma ânsia de vomito encheu meu estomago. _ Tenho que parar de ficar tanto tempo sem te ver, você não tem noção de quanto sinto sua falta.
O tanto tempo daquele nojento era dois
dias.
- SOCORRO – berrei desesperadamente, na esperança inútil de que alguém abrisse a porta e me livrasse daquele cretino. – ME TIREM DAQUI, ME TIREM.
- Demi, quantas vezes terei que dizer que não adianta gritar, ninguém te ouvirá – Merda de isolação, merda de ala especial, merda de inferno. Ele sorriu maleficamente, beijando meu pescoço, ato que me desesperou mais ainda.
- PELO AMOR DE DEUS, ME TIREM DAQUI, PELO AMOR DE DEUS! – comecei a soluçar compulsivamente e a chorar feito uma criança, enquanto sentia sua boca percorrendo a superfície de meu pescoço. – ME TIREM DAQUI, SELENA, SELENA, SIMON, QUALQUER PESSOA, qualquer pessoa... – fui baixando o som de meus gritos ao perceber, com pânico, que o homem ao meu lado estava certo, ninguém viria me ajudar, como sempre acontecia.
Sua mão que antes jogava meu rosto na parede agora se embrenhava em meu cabelo, puxando-o para que o dono dos dedos pudesse cheirá-lo.
- Continua com o cheiro bom de sempre – murmurou após alguns segundos, depois soltou meus fios e desceu o toque até minha camisola branca. – Agora vamos ver se seu corpo continua o mesmo – soltou uma risada e nesse momento eu congelei, congelei totalmente. Meus músculos não se mexiam mais e as lagrimas caiam sem som, loucamente, de meus olhos.
As mãos de Wilmer apertaram meus ombros e me jogaram no chão. Eu senti a superfície gélida e antes que pudesse tentar me levantar, ele se sentou em cima de meus quadris, colocando todo seu peso em cima de meu corpo e segurando minhas mãos, impossibilitando qualquer movimento. Eu já estava conformada, já sabia o que aconteceria a seguir e sabia que quanto mais gritasse e esperneasse, mais dor sentiria daqui para frente. Apenas fechei meus olhos com força e fiquei parada, na esperança de que, de alguma forma, conseguisse fazer minha alma sair de meu corpo, ao menos pelo tempo em que Wilmer estivesse me machucando.
Senti suas mãos subindo minha camisola até a barriga e baixando minha calcinha até os joelhos. As lagrimas desceram mais depressa quando, pelos olhos semicerrados, o vi saindo de cima de mim por alguns segundos e baixando sua calça e cueca para baixo, mostrando algo que eu fiz questão de fechar os olhos novamente para não ser obrigada a ver.
- Continua igualzinha – disse em um tom que me deu repulsa, e sem nem esperar investiu dentro de mim, causando uma dor tremenda e um berro que escapou de meus lábios. Ele fazia movimentos rápidos, indo e vindo sem pena, enquanto eu sentia como se fosse cortada por dentro a qualquer momento. Ficou assim por vários minutos até um liquido sair de seu membro e ele suspirar de prazer, tirando-o de mim e levantando. Meus olhos doíam de tão fechados que estavam, era como se eu quisesse fundir a pálpebra superior com a inferior e água jorrava de lá dentro.
Wilmer subiu a calça e saiu andando, indo para outro canto do quarto e me deixando imóvel e com uma dor enorme jogada no chão.
(continua...)
(dois comentariozinhos e eu já posto o próximo)
- SOCORRO – berrei desesperadamente, na esperança inútil de que alguém abrisse a porta e me livrasse daquele cretino. – ME TIREM DAQUI, ME TIREM.
- Demi, quantas vezes terei que dizer que não adianta gritar, ninguém te ouvirá – Merda de isolação, merda de ala especial, merda de inferno. Ele sorriu maleficamente, beijando meu pescoço, ato que me desesperou mais ainda.
- PELO AMOR DE DEUS, ME TIREM DAQUI, PELO AMOR DE DEUS! – comecei a soluçar compulsivamente e a chorar feito uma criança, enquanto sentia sua boca percorrendo a superfície de meu pescoço. – ME TIREM DAQUI, SELENA, SELENA, SIMON, QUALQUER PESSOA, qualquer pessoa... – fui baixando o som de meus gritos ao perceber, com pânico, que o homem ao meu lado estava certo, ninguém viria me ajudar, como sempre acontecia.
Sua mão que antes jogava meu rosto na parede agora se embrenhava em meu cabelo, puxando-o para que o dono dos dedos pudesse cheirá-lo.
- Continua com o cheiro bom de sempre – murmurou após alguns segundos, depois soltou meus fios e desceu o toque até minha camisola branca. – Agora vamos ver se seu corpo continua o mesmo – soltou uma risada e nesse momento eu congelei, congelei totalmente. Meus músculos não se mexiam mais e as lagrimas caiam sem som, loucamente, de meus olhos.
As mãos de Wilmer apertaram meus ombros e me jogaram no chão. Eu senti a superfície gélida e antes que pudesse tentar me levantar, ele se sentou em cima de meus quadris, colocando todo seu peso em cima de meu corpo e segurando minhas mãos, impossibilitando qualquer movimento. Eu já estava conformada, já sabia o que aconteceria a seguir e sabia que quanto mais gritasse e esperneasse, mais dor sentiria daqui para frente. Apenas fechei meus olhos com força e fiquei parada, na esperança de que, de alguma forma, conseguisse fazer minha alma sair de meu corpo, ao menos pelo tempo em que Wilmer estivesse me machucando.
Senti suas mãos subindo minha camisola até a barriga e baixando minha calcinha até os joelhos. As lagrimas desceram mais depressa quando, pelos olhos semicerrados, o vi saindo de cima de mim por alguns segundos e baixando sua calça e cueca para baixo, mostrando algo que eu fiz questão de fechar os olhos novamente para não ser obrigada a ver.
- Continua igualzinha – disse em um tom que me deu repulsa, e sem nem esperar investiu dentro de mim, causando uma dor tremenda e um berro que escapou de meus lábios. Ele fazia movimentos rápidos, indo e vindo sem pena, enquanto eu sentia como se fosse cortada por dentro a qualquer momento. Ficou assim por vários minutos até um liquido sair de seu membro e ele suspirar de prazer, tirando-o de mim e levantando. Meus olhos doíam de tão fechados que estavam, era como se eu quisesse fundir a pálpebra superior com a inferior e água jorrava de lá dentro.
Wilmer subiu a calça e saiu andando, indo para outro canto do quarto e me deixando imóvel e com uma dor enorme jogada no chão.
(continua...)
(dois comentariozinhos e eu já posto o próximo)
Recadinho
Gente muito obrigada pelo apoio e só queria falar que o próximo capítulo vai ter cenas intensas, então se preparem. E o quarto capítulo não será escrito por mim e sim, com uma amiga, nós duas somos mestras em programar fics juntas, não falamos de mais nada haha. E, não, ainda não chegou a hora de Jemi. Esperem pacientemente. kkkk
Beijos amo vocês.
Carol
Beijos amo vocês.
Carol
Capítulo 3 - I'm not crazy even when it looks like (parte 2)
Selena’s POV
Como todas as outras vezes que Demi tinha alucinações, eu
injetei sonífero nela, porém com certeza seria mais de duas horas para o efeito
passar e Demi não poderia ter seu momento com o piano.
Teve uma vez que Demi me pediu para avisa-la antes de fazer
ela cair no chão devido aos remédios, porém ela não escuta. Em suas alucinações
ela se fecha em outro mundo e, depois que acorda, leva muito tempo para ela
voltar a falar, comer, ou qualquer outra coisa. Porém diferentemente das outras
pessoas, ela reconhecia ter sido uma ilusão depois que acordada e ficava lúcida
em seus períodos não alucinatórios. Mesmo assim durante as ilusões ficava óbvio
sua esquizofrenia. As ilusões estavam ficando mais frequentes e, como estava em
um estado avançado, os remédios não faziam mais efeitos.
Depois de umas quatro horas, Demi acordou.
_Demi, pode dormir de novo._ Eu disse. Dormindo ela se
acalmava.
Como resposta só tive uma negação com a cabeça. Com o tempo aprendi a entender os gestos da
Demi pós alucinação. Parecia que a voz dela sumia.
_Demi eu terei que falar que estava lendo quando começou...
_NÃO FAÇA ISSO_ ela interrompeu e eu me assustei, espera aí. Demi tinha falado?
_Calma, não falarei então. Sei que sem os livros você já teria
surtado _ ela assentiu e deu um mini sorriso de agradecimento. Sorri de volta.
_ Demi, já está anoitecendo... Eu tenho que ir. Simon pediu
para lhe aplicar esse calmante devido ao que aconteceu hoje. Tudo bem?
Demi deu de ombros e peguei seu braço com cuidado e, quando
já ia aplicar ela revirou os olhos.
_Desculpa Demi, é o meu trabalho. _ sempre dizia isso. _ O
lado positivo é que vai dormir a noite inteira _ sorri fraco.
Cansei de tentar conversar com ela, talvez amanhã ela ainda
esteja um pouco melhor, depois de uma alucinação ela sempre parecia frustrada, não sei se era a palavra certa, porém era a melhor que encotrara. Apliquei a
injeção e ela dormiu rapidamente, os calmantes que ela tinha que tomar eram
fortes demais.
Fui embora deixando Demi sozinha no quarto, totalmente
desacordada.
*Casa dos Jonas*
_ E depois disso? _ Questionei.
_ Bem depois disso... Ela foi diagnosticada com
esquizofrenia e está internada em uma clínica há mais de três anos.
_ COMO ASSIM DEMI É ESQUIZOFRÊNICA?_ Já estava gritando, não
esperava que o “grande segredo” que envolvia o que estava acontecendo na vida
da Demi tinha ligação com a sanidade mental dela.
_Joe, eu fiquei tão surpreso quanto você! Mas esquizofrenia,
aparece na idade adulta. Varia de pessoa para pessoa. Em cada um aparece de
um modo diferente e com uma idade variada. _Defendeu Nick.
_Mas eu teria percebido. Ninguém conhece a Demi melhor que
eu. Sabe das coisas dela igual eu sei. Eu teria percebido.
_Também estranhei Joe, mas é a verdade.
_Você ACREDITA que a minha Demetria esteja LOUCA?
_É o que os médicos disseram Joe. Não sou eu inventando. _Nick
disse calmo
_Você diz isso porque não a conhecia. _Eu já estava
gritando, não queria aceitar. _ Você foi visita-la? Entrou em contato? Aonde
ela está internada? _ Disse um pouco mais calmo.
_Calma com as perguntas Joe _ Nick repreendeu _ Eu tentei
visita-la, mas não me deixaram entrar, ela esta na ala de segurança máxima!
_ O QUE?
_ Joe se acalme ok? Não posso ligar para ela nem, escrever
uma carta. Tampouco posso visita-la. Nem você Joe.
_Não importa, vou visita-la agora! Sabe pelo menos aonde ela
está internada? _perguntei.
_Você não pode Joe. E ela está internada em Dallas, são
menos de trinta quilômetros. Porém você perderia a viagem!
_ Só não vou agora porque está prestes a amanhecer, porém
amanhã estarei lá. Dormirei um pouco agora e amanhã/hoje quando acordar eu vou
atrás de Demi. E você não vai me impedir.
_ Se eu tentasse não iria resolver mesmo _ Nick deu de
ombros _ mas perderá sua viagem.
_ Não interessa.
Fui dormir e nem preciso dizer que não preguei os olhos
durante muito tempo, até que, cansado de pensar e de me preocupar com a Demi, desisti e tomei um banho morno. Quando deitei novamente consegui dormir.
Acordei já eram duas horas da tarde, levantei e, sem ao menos
comer algo, já peguei o carro e fui dirigindo para o endereço em Dallas que
Nick havia me passado. Queria ver a Demi, não importa o que estivesse
acontecendo com ela, pelo menos eu
confiava na sanidade mental da minha melhor amiga.
(continua...)
(Com um comentário sozinho eu já posto assim que estiver pronto)
Obs: o próximo capítulo não vai ser autoria minha e sim de uma amiga... Ela bolou a fic inteira comigo, então se estiver muito diferente já sabem o por quê, beijos)
(continua...)
(Com um comentário sozinho eu já posto assim que estiver pronto)
Obs: o próximo capítulo não vai ser autoria minha e sim de uma amiga... Ela bolou a fic inteira comigo, então se estiver muito diferente já sabem o por quê, beijos)
Capítulo 3 - I'm not crazy... even when it looks like. (parte 1)
Demi’s POV
Acordei novamente encarando o quarto, Selena estava sentada
no pé da minha cama e se animou ao ver que eu tinha acordado.
_Demi, hoje eu trouxe um livro para você!_ Disse ela. Logo
que Selena passara a ser minha enfermeira eu não tinha muita diversão (não que
eu tenha agora) e, como a mãe dela é dona de uma biblioteca, Selena pega livros
para mim e quando acabo de le-los ela os leva novamente. Todos os livros têm
que passar por Simon, mas isso até que foi fácil, depois que descobrimos os
critérios dele. As únicas coisas que deixa passar são romances não violentos, como
os Clássicos de Sheakspeare, qualquer romance que não seja violento e que não
me informe do mundo. Esse era seu critério.
Antes de entrar aqui eu não gostava de ler, só o fazia por
obrigação, ou seja, livros que a escola me obrigava a ler. Porém essa era minha
única “diversão” e quando você só tem duas opções: ou ler, ou olhar alegramente as paredes, ler começa a
parecer uma coisa muito interessante e, quem diria, que a menina que odiava ler
se tornaria uma amante dos livros? Pois é ninguém nunca pensaria isso de mim.
Mas aconteceu.
E é claro que também tinha a minha hora preferida do dia,
bem de quatro vezes na semana, esses dias eram: Domingo, terça, sexta e sábado;
esses eram os dias que eu tinha três horas na sala do piano e as
vezez, além de tocar, também cantava. Isso trazia luz a minha vida. Sempre fora
amante da música, completamente viciada no piano e foram meses de luta para
conseguir uma hora no instrumento por semana. Com o passar dos anos fui
conseguindo mais tempo em minha sagrada fonte de luz à alma e, um dos motivos
da conquista foi que, quando eu tocava, não fazia bem apenas para mim, mas para
todos os pacientes.
Nos outros dias eu apenas lia, fazia minha consulta ao
psiquiatra e, muito raramente, podia comparecer às cessões de confraternização.
As outras atividades eram individuais, isso é, ou só com Selena ou com Selena e
um médico, como plantações e leitura (não, eu não podia nem ler sozinha).
Sorri para Selena pelo presente e fui avaliar a capa, era o clássico dos clássicos: Romeu e Julieta. Sorri com o presente, nunca o tinha lido por mais famoso que fosse.
_Obrigada _ sorri e agradeci a Selena.
_Por nada Demi, espero que nunca tenha lido..._ Ela disse e
neguei com a cabeça.
_Sel, quantas horas? Falta quanto tempo para eu ir tocar
piano? _ eu disse como uma criança quando está viajando e não para de perguntar
se já está chegando ao destino.
Selena riu da minha empolgação e disse:
_ Faltam duas horas. O que tocará hoje?
_ Não sei _ admiti preocupada _ Eu queria compor uma música,
a melodia dela pelo menos. Bem, eu já tenho a letra...
_ Posso ver? _ Questionou Selena e eu fiz que não com a
cabeça. Ninguém veria as minhas músicas, nem mesmo Selena. _ Tudo bem se não
quiser me mostrar, Demi.
_ Selena, o que se fazer em duas horas em um quarto? _ sim,
agora definitivamente estava sendo criança, mas não me importava.
_ Demi, calma. Quanto mais ansiosa você ficar pior vai ser.
Mais o tempo vai demorar a passar.
Quando Selena acabou a frase, Simon entrou no quarto com uma
injeção na mão, revirei os olhos mas não contestei nada, era pior quando
brigava... Por que me dar remédio para esquizofrenia, sendo que eu não era
louca?
Ele se aproximou com um sorriso, me encorajando, sentei na
cama e esperei ele enfiar a agulha no meu braço. Depois disso ele foi embora.
_ Sel, eles aumentaram minha dose de medicamento, sabe se
aumentaram os comprimidos também? _ perguntei. Era mais ou menos assim: eu
tomava a injeção uma vez por semana e comprimidos regulados, duas vezes por
dia.
_Acho que ainda não Demi. _ Selena respondeu.
_Selena, vou começar a ler Romeu e Julieta, para o tempo
passar, tudo bem?
_Claro Demi, se precisar de alguma coisa, estou sentada no pé
da sua cama _ disse ela.
Comecei a ler o livro e as letras começaram a se mexer,
pisquei e tentei me concentrar mas elas continuaram a se misturar, girando em
círculos na página. Balancei a cabeça e apareceu uma criança, por volta de uns
cinco, seis, anos de idade chamando meu nome. O pior foi que ela estava com
uma faca na mão. Essa criança queria me
matar. Joguei o livro no chão e a menina assassina saiu dele. Ela tinha
um sorriso maligno nos lábios e mexia a cabeça de forma demoníaca. Arregalei os
olhos e de um ato de desespero comecei a gritar. Não queria ser morta por essa
menina.
_ QUEM É VOCÊ? POR QUE QUER ME MATAR? PARA COM ISSO!!!
AAAAAAAAAAAAAAAAAAA _ Será que gritando seria pior? Mais fácil dela me matar? Não sei, porém preferia gritar do que ficar parada.
Percebi que Selena falava alguma coisa, acho que ela ia
tentar matar a assassina, porém Selena veio atrás de mim, senti minhas
pálpebras pesarem e depois disso não lembro de mais nada.
(continua)
(Com dois comentários posto a segunda parte do capítulo, espero que tenham gostado.)
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Palavrinha com vocês
Oi galera, admito que fiquei muito surpresa e feliz com o número de visualizações. não esperava tantas em tão pouco tempo e queria agradecer muito a todos que estão lendo. O que estão achando? Estão gostando da fic? Animados para o próximo capítulo?
Aos leitores fantasmas: Por favor comentem algo, nem que seja para criticar, pois critícas são bem-vindas, é a minha primeira fic de verdade então...
Quanto a formatação do último capítulo, me desculpem eu não consegui tirar o fundo branco dele. Sou lerda pessoas.
Só mais um recado: O próximo capítulo não está pronto, quando estiver com cinco comentários eu posto ele, mas primeiro preciso escreve-lo, porém espero ser rápida.
Agora vamos aos agradecimentos : Agradeço aos leitores (incluindo os fantasmas também), à minha amiga que me ajudou nessa fic e ainda me socorre, as pessoas no twitter que me ajudaram a divulgar.
E é só pessoas espero que comentem. Beijos da Carol ( @livingbysemi ) e não tenham medo de falar comigo... bye.
Aos leitores fantasmas: Por favor comentem algo, nem que seja para criticar, pois critícas são bem-vindas, é a minha primeira fic de verdade então...
Quanto a formatação do último capítulo, me desculpem eu não consegui tirar o fundo branco dele. Sou lerda pessoas.
Só mais um recado: O próximo capítulo não está pronto, quando estiver com cinco comentários eu posto ele, mas primeiro preciso escreve-lo, porém espero ser rápida.
Agora vamos aos agradecimentos : Agradeço aos leitores (incluindo os fantasmas também), à minha amiga que me ajudou nessa fic e ainda me socorre, as pessoas no twitter que me ajudaram a divulgar.
E é só pessoas espero que comentem. Beijos da Carol ( @livingbysemi ) e não tenham medo de falar comigo... bye.
Capítulo 2 - Back To Home
Capítulo 2- Back to home.
Hoje era o meu último dia nesse dormitório em minha faculdade, era um
quarto que tinha que mantê-lo limpo e arrumado e é claro que não o fazia. Era a
primeira vez nesses cinco anos que estava arrumado. Sentiria falta desse lugar,
passei ótimos momentos aqui com meus amigo mas principalmente com garotas.
Encarei a minha mala preta, era a mesma que trouxera. A ultima vez que a
arrumara foi na companhia de Demi e agora ela estava arrumada novamente. É
claro que tive dificuldade uma vez que não sou o que as pessoas costumam chamar
de “organizado”, mas no final das contas consegui arrumar, ou quase isso já que
não coubera tudo na mala e a sacola ao seu lado denunciava esse fato.
Se Demi visse isso ela brigaria comigo e desmontaria a mala apenas
para organiza-la novamente. Sinto falta da Demi, é claro que não fiquei
remoendo isso esses cinco anos sem pegar nenhuma garota, afinal eu era Joe
Jonas então eu peguei várias meninas nesse quarto porém nunca senti nada por
nenhuma delas. Nada comparado ao que senti ao apenas beijar a Demi na última
vez que a vira. Foi apenas um beijo, porém o suficiente para transformar anos
de amizade em uma paixão. Por mais que tive muita raiva, por não tr respondido
nenhuma das minhas cartas, não posso esperar para revê-la amanhã, já que vou chegar
em casa hoje de madrugada
As aulas acabaram ontem e não
podia esperar para voltar para casa, afinal passei cinco anos longe de minha
cidade natal, uma pequena cidade chamada Grand Prairie que ficava nos arredores
de Dallas. Só pude vir parar em uma faculdade do tamanho Dartmouth, devido eu ter ganhado uma bolsa
por ser capitão do time de football americano, já que nunca teria dinheiro e
bolsa por mérito era impossível de eu ganhar uma vez que só tirava notas
vermelhas exceto em matérias relacionadas a matemática como trigonometria e
física. Amava os números e tinha tremenda facilidade com eles.
Peguei as
malas e fui para a parte externa da faculdade, pois já estava na hora do táxi
chegar. Observei a entrada do campus de
Dartmouth pela última vez. Engana-se quem pensa que não aconteciam festas aqui
por ser uma faculdade de “nerds”. Quando chegavam na faculdade os que eram
nerds na escola, costumavam a se soltar e a se entregar as festas. Ficara bêbado
aqui incontáveis vezes, beijei mais da metade das garotas em festas. Sentiria
muita falta do meu time de football, da comemoração de quando ganhamos os
estaduais e finalmente quando chegamos as finais do nacional. As “farras” dos
universitários era frequentes e disso que mais gostava daqui.
Avistei o táxi
já parado na rua procurando o suposto passageiro, acenei para que o motorista
me visse e ele veio me ajudar com a bagagem. Depois que as malas já estavam no
bagageiro o motorista entrou no carro, e como já sabia o destino, tivemos uma
viagem silenciosa até o aeroporto. Tive
que esperar pouco menos de uma hora para chamar o voo e depois de mais três estava
pousando no aeroporto de Dallas
Cheguei em
Dallas e senti novamente o cheiro do Texas, o cheiro de casa. Minha mala foi
uma das primeiras a passar pela esteira de malas e a peguei. Ainda meio
nostálgico saí da sala de desembarque e, para minha surpresa, meu irmão mais
novo estava me esperando, ele foi o primeiro que vi, mas a medida que fui me
aproximando consegui ver toda a família. Comecei a abraça-los loucamente, senti
falta de todos esses rostos. Pensei que ninguém viria ao aeroporto.
_Vamos para
casa?_ perguntei ao Nick, era ele quem estava mais próximo de mim naquele
momento.
_Claro, vamos
precisar de um táxi primeiro.
Procuramos táxis no aeroporto e em um foi eu e meu dois
irmãos: Nick e Kevin e no outro táxi fomos para a casa.
Quando cheguei
em casa e abri a porta, estavam na minha casa todos os meus amigos da escola, o
meu antigo time de football, meus tios e primos... Toda a família e amigos.
Entrei em
casa, cumprimentei a todos e, depois de passar o olho pela milésima vez em
todos os rostos ali presentes, puxei Nick para um lugar reservado para perguntar
onde estava uma certa pessoa que dei falta na festa.
_Nick cadê a
Demi_ Perguntei. Não aceitaria respostas mal dadas nem desvio do assunto igual
ele sempre fazia quando o assunto era “Demi”
_Joe você tem
o direito de saber... Mas não agora. No final da festa eu te explico tudo...
_Nicholas
Jerry Jonas, me explica tudo agora_ exigi.
_No final da
festa. Mas a culpa não é dela por não estar aqui...
É claro que
ela não cumpriria a promessa, mas não podia ficar com raiva. Demi era uma
mulher maravilhosa e não ficaria, por cinco anos, solteira. Mas pensei que,
pelo menos como amigo, ela me esperaria.
Isso
justificava também a falta de correspondências. Ela devia estar namorando ou
até mesmo casada. Mas isso não era o problema, alguma coisa na voz de Nick o
entregava. Era algo muito mais sério do que outro homem na vida de Demi.
_Sei que
aconteceu algo. Isso já é o suficiente para estragar a festa, Nicholas.
_ Joseph _
Nick suspirou_ não adianta, só te contarei no final da festa.
Revirei os olhos
e fui aproveitar a festa, ou pelo menos eu fui tentar aproveitar a festa. Porém por mais que tentasse, não
conseguia me desligar do fato que tinha acontecido algo grave com a Demi.
Quando percebi
que todos já haviam ido embora, só sobrara Miley, que era noiva de Nick e
Danielle, esposa de Kevin, além da família: Nick, Kevin e meus pais. Olhei para
Nick e ele sabia o que eu queria: descobrir o que tinha acontecido com
Demetria.
_Desembucha_
disse frio ao Nick.
_Desde que
você foi para a faculdade as coisas mudaram
bastante. _ Ele disse cauteloso.
_Disso eu já
tinha desconfiado_ Respondi.
_A Demi
conheceu uma pessoa, um homem_ Nick disse com cuidado, medindo as palavras_
Eles se conheceram e rapidamente, ela já estava casada. Foi um ano de você ir
embora até o casamento. _ Nick disse com muita cautela ainda. _ Foi muito
rápido. Ela se casou e poucos meses depois algumas coisas estranhas começaram a
acontecer. Pelo menos aos olhos dela...
_Como assim “pelo
menos aos olhos dela” ?_ Interrompi.
_Essa é a pior
parte... Ela começou a ver coisas... ter alucinações. Ver e conversar com o pai
dela. Escutar sua voz...
_Minha voz?
Falar com defunto? Como assim?
_O marido dela
foi procurar ajuda psiquiátrica. Não era normal a forma como estava agindo...
_ E depois
disso? _ Questionei.
_ Bem depois
disso... Ela foi diagnosticada com esquizofrenia e está internada em uma
clínica há mais de três anos.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
Aviso
O segundo capítulo será postado com no mínimo dois comentários, ele já está pronto... Obrigada galera é só para eu saber se tem gente lendo ou se estou postando para as paredes... Beijos.
Capítulo 1 - Mais um dia
Demi’s POV
Não havia muita animação na minha vida, todos os dias eram
iguais, ou seja: um inferno. Não tinha permissão para sair do meu quarto
sozinha, por isso passava a maior parte do tempo entre essas quatro paredes
brancas, com pequenos detalhes em amarelo, tentava me focar nesses já que a
branquidão desse lugar me assustava. Roupas de cama, armários, mesa, tudo muito
branco. Apenas minha cama era de um tom de madeira natural com uma camada de
verniz e até mesmo minhas rupas eram brancas... Eu infelizmente tinha que usar
aquelas camisolas horríveis de hospital.
Todos falam que eu sou esquizofrênica, porém eu tenho
certeza de que eu não sou louca. Tudo bem que eu venho tendo alucinações cada
vez mais frequentes e eu realmente não sei o que vem acontecendo comigo, porém
tenho certeza de que louca eu não sou. Entretanto, como ninguém
acreditava em mim quando repetia frequentemente essas palavras, eu vim parar
aqui, em uma clínica de esquizofrenia, de onde não posso sair.
Meu quarto é isolado dos outros, fico na ala especial e como
se não bastasse essa isolação, tenho que aturar dois seguranças que não saem da
porta do meu quarto e que eu nem se quer sei os seus nomes. Um é um mulato, com
mais de dois metros de altura, muito forte; já o outro era pálido, tinha
olheiras fundas, não aparentava ser nem um pouco forte e era muito baixo... Não
faço a menor ideia de como tornara segurança.
_ Hora do seu café da manhã! _ Disse Selena animada entrando
no quarto com uma bandeja na mão. Bem, essa é a animação normal da Selena que
parece inabalável. E sim, eu tinha horário para tomar o café da manhã, na
verdade eu tinha horário para tudo: café da manhã, almoço, banho, dormir...
Todos rigorosamente seguidos, com exceção do último que era violado quando, em
meio as minhas alucinações, Selena tinha que aplicar sonífero em minha veia e
eu simplesmente desmaiava.
_Bom dia! _ disse com a animação de sempre, ou seja,
nenhuma.
_ Hoje faz dois anos que virei sua enfermeira.
_ Obrigada! _ Eu exclamei e Selena me olhou querendo
explicação por esse meu agradecimento _ Por mais insuportável que você seja, é
melhor do que minha enfermeira anterior _ Selena revirou os olhos_ Ela devia ter uns 60 anos e digamos que não
era exatamente o que eu chamo de confortável tomar banho na frente dela.
_Demi come o seu café da manhã, pois depois quem vai ser
culpada sou eu e não quero perder meu emprego, pois pretendo me casar o mais
rápido possível e ainda preciso do dinheiro para ajudar minha mãe...
Comecei a comer o pão com alguma coisa dentro que não fazia
a menor ideia do que era, só sabia que
era nojento. No começo eu reclamava frequentemente da comida por ser de péssima
qualidade, porém percebi que minhas reclamações eram irrelevantes e de nada
adiantavam então, com o tempo, acabei me acostumando.
_Demi_ Levei um susto, pois Selena quebrara o silêncio.
_Sim?_ Respondi
_Eu fui à praia com o Justin ontem à noite..._ Selena parou
como quem estivesse tomando coragem para dizer algo.
_E..._ tentei incentiva-la a contar.
_Ah... Foi legal, é bom ter um dia de folga. Você me
entende, é bom descansar da sua cara um pouco...
_Nossa Selena! Muito obrigada, eu também te amo muito! _
Disse ironicamente.
_Mas não é isso que quero falar... Eu queria te perguntar
uma coisa... Não é bem uma pergunta...
_Pode falar_ disse tentando encorajar Selena que parecia
estar em uma guerra com as palavras.
Me levantei da cama pois já havia acabado de comer minha
gororoba sem gosto e fui andando para o meu pequeno banheiro escovar os dentes.
Havia uma coisa que ainda me assustava, acho que a única que ainda não me
acostumara nesses três anos e essa coisa era que a porta do banheiro era de vidro. Se eu era vigiada? Que isso,
imagina. Selena Me seguiu e entrou no banheiro me encarando.
_Pode falar_ disse outra vez.
_Sabe o Justin?_ Selena parou novamente, esperando minha
confirmação, porém como estava escovando os dentes apenas assenti _ ...então
ele está querendo dormir comigo e... eu não posso fazer isso antes do
casamento... _ ela disse envergonhada.
Nesse momento eu ignorei o fato de estar com uma escova de
dentes na boca e comecei a rir loucamente, respigando pasta de dente para todos
os lados. Eu não conseguia parar de rir. Como assim Selena era virgem? Ela realmente falara isso sério?
_Demi você está bem? Vai morrer engasgada! _ Eu comecei a
rir de uma forma mais controlada, pois Selena já estava assustando minha crise
de riso. Não era algo muito comum depois que entrei nesse inferno.
_Estou bem_ respondi, porém ainda ria um pouco _ Você é
virgem?! Isso é sério?
Selena corou e, ao que tudo indicava, ela era sim virgem.
_Eu quero me preservar para depois do casamento_ ela se
defendeu.
_Sel, por favor, você casará com o Justin em breve, adiantar
a lua de mel não seria exatamente um pecado. Vai que ele não é bom de cama! É
melhor descobri isso antes... _ brinquei agora com a Selena.
_ Demetria! _ ela disse me repreendendo pela segunda parte _
Eu tenho medo da minha primeira vez. _ disse séria agora em resposta a primeira
parte da minha fala _ e por mais que tenha medo disso, estou com mais medo de
quando virem essa bagunça aqui que você aprontou com o creme dental e sua crise
de riso.
Revirei os olhos, porém resolvi avaliar o que havia feito e
Selena tinha razão, o estado do banheiro era crítico. Tinha gotinhas de creme
dental espalhado por toda parte.
_”Senhorita Enfermeira Posso Sair Do Quarto E Você Não” _
brinquei _ Chame a faxineira para limpar isso.
_Estou indo já volto.
A faxineira entrou no quarto e não gostou nada do que
encontrou no banheiro, deste modo começou a limpar a bagunça com cara
emburrada.
O resto do dia foi como todos os outros, bem diferente da
manhã animada que havíamos tido. Os assuntos do dia foram apenas assuntos que
envolviam Selena e Justin. Nunca o conhecera pessoalmente, porém Selena já
havia me mostrado fotos e falado tudo sobre ele. A maior parte do tempo eu não
falava nada, apenas dava respostas curtas a Selena e ela já tinha se acostumado
com isso.
Meu médico, Simon, dissera que a dose do meu remédio irá
aumentar a partir de amanhã, os aumentos das doses e da frequência em que os remédios
eram aplicados era cotidiano. Outra coisa que ele disse é que eu deveria
assumir logo que tinha a doença e aceita-la para que o tratamento fizesse mais
efeito e eu pudesse sair daqui mais rápido, porém como aceitar uma coisa quando
se tem certeza do contrário? Ou seja continuo dizendo aos quatro ventos que não sou louca.
A única coisa diferente no resto do dia comparado aos outros
foi que nesse fiquei sem a parte que mais odiava: a visita do meu “querido”
marido Wilmer. Devido a um compromisso profissional ele tivera que viajar e
fiquei sem a sua visita diária.
Prologo
Demi's POV
flashback
Era uma tarde chuvosa de domingo, fazia muito frio, estava na casa de Joe, um lugar que me era mais familiar do que minha própria casa. Estávamos na sala de visitas que conhecia como a palma da minha mão, era bem simples havia apenas dois sofás bejes, o chão de madeira, as paredes brancas, porém com o tempo encardidas. O barulho da chuva era o único ruído que se escutava, uma vez que nós dois não falávamos nada.
As horas pareciam estar apostando corrida, como eu queria poder simplesmente parar o relógio. Já passava das 16 horas e em alguns minutos Joe entraria no táxi que o levaria para o aeroporto para poder passar as 3 horas dentro do avião que o levaria para a faculdade. O ar de despedida tinha sido evitado por todo o dia, porém agora parecia incontrolável. Joe puxou minha mão e me levou para fora para esperarmos o táxi na chuva. Maldita chuva, nem pudemos passar o dia ao ar livre como sempre passávamos... E também havia a promessa que fizera hoje de manhã a Joe, bem na verdade ele me obrigou a prometer, que não choraria hoje. Estava tentando cumprir, porém já tinha percebido que logo, logo, o esforço ia ser em vão pois meus olhos já ardiam, querendo chorar.
_Não gosto de despedidas_ Eu disse quebrando o silencio _ não quero dizer adeus... _ Pronto acabou a promessa já tinha começado a chorar e minhas lágrimas se misturavam com a chuva que caia.
_Eu disse para não chorar_ Joe disse e eu vi uma lágrima caindo do seu olho esquerdo, o que era estranho pois nunca vira Joe chorar.
Ele me abraçou e sussurrou um "eu te amo" em meu ouvido. Me soltei do abraço para olhar em seus olhos e fomos aproximando aos poucos nossos rostos até que nossos lábios se encostaram. Foi um beijo mágico, o melhor da minha vida. Havia um gosto de despedida, mesmo assim não deixou de ser totalmente calmo e romântico. Nossas línguas se mexiam em harmonia. Era um beijo com carinho, amor, mas também com a tristeza.
Esse beijo confundiu meus sentimentos... Joe sempre havia sido meu melhor amigo, aquele em quem confiava, quem me apoiava e me entendia como mais ninguém no mundo conseguia me entender... Nunca havíamos passado disso. Afinal éramos só amigos não éramos?
O beijo foi interrompido pela buzina do táxi, nos afastamos, ambos assustados.
_Demi, promete me esperar voltar?_ Ele perguntou. apenas fiz que sim com a cabeça, estava atordoada demais para falar. _ Você tem que dizer. _ insistiu ele
_Eu prometo_ arrisquei falar em meio aos meus soluços.
_Eu te amo, Demi!! Prometo te escrever todas as semanas...
_Também te amo Joe! Também te escreverei.
Demos apenas mais um selinho e ele entrou no táxi. Paralisada pelo choque assisti o carro se distanciar de mim cada vez mais. Quando fez a curva eu sentei no meio fio do tapete e chorei... ignorando completamente a chuva gelada que não parava de cair.
Fim do flashback
Irei cumprir minha promessa porém não sei se ele ainda vai me querer com as coisas do jeito que estão cinco anos depois da sua partida.
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