sábado, 29 de dezembro de 2012

Desculpa

Gente por favor me desculpem por não estar postando... Eu estou viajando e está difícil de escrever e postar... Desculpem mesmo. Essa semana (que vem) ainda posto o próximo capítulo. Espero que não fiquem com raiva e que me perdoem. Amo vocês...
Eu ia pedir para minha amiga (a que escreveu o quarto capítulo) escrever os próximos, mas ela também sumiu...
Amo vocês
_ Carol

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Capítulo 6 - carta.


Selena’s POV
Eu me sentia culpada por ter ajudado aquele garoto. Mas Demi já falara tanto dele... o quanto eles se entendiam, do tempo que passavam juntos. Eles se conheciam desde que Demi se deu por gente, ela não se lembrava como era sua vida sem ele... Então estava fazendo o certo... Mesmo correndo o risco de perder meu emprego...
Peguei um livro na biblioteca da minha mãe, devolvendo assim, o Romeu e Julieta. Demi não queria mais ler esse livro depois de ter tido a alucinação com ele. Segundo Demi, ela tinha visto uma menina de mais ou menos seis anos, com uma faca a chamando. Demi me contou isso totalmente envergonhada, negando, como sempre, ser louca.
Amanhã eu vou falar com Simon sobre Demi jurar de pé junto que Wilmer a abusava todas as vezes que entrava em seu quarto depois da visita dele. Simon sempre ficava no quarto durante as visitas, então ele saberia se tivesse mesmo acontecido algo.
Passei os olhos nos romances procurando por um que Simon deixaria passar muito fácil, pois nenhuma desconfiança poderia existir para com o livro. Peguei o livro “O Morro Dos Ventos Uivantes”, feliz por te-lo encontrado e subi para o meu quarto. (A biblioteca da minha mãe ficava em baixo da nossa pequena casa).
Coloquei o livro na minha bolsa, não podia esquece-lo de forma alguma e fui tomar banho. Saí do banho e deitei na cama, Demi com certeza estava dormindo, sem nem ter a menor ideia do que o dia seguinte aguardava.
Acordei com o despertador tocando, bem na verdade, eu acordei quando o despertador já gritava descontroladamente. Levantei em um pulo, nem tomei café e fui direto ao trabalho. Cheguei e já vi Joe andando de um lado para o outro sem parar. Tive que rir da cena, ele estava a ponto de ter um ataque de ansiedade.
_Olá_ gritei atrás dele e ele deu um pulo.
_Pensei que não fosse chegar...
_A propósito, não só cheguei, como também, cheguei adiantada... Trouxe a carta?
_Claro que sim... Aqui está _ ele disse me entregando a carta.
Sorri e peguei o livro. Coloquei a carta, cuidadosamente dentro do livro e depois na bolsa, a carta não poderia aparecer de forma alguma.
Entrei e fui direto a sala do Simon, bati na porta e ele disse para que eu esperasse um pouco. Após alguns minutos ele me chamou e eu entrei,
_Dr. Simon _ disse calma.
_Sim? _ Ele tirou os olhos do livro para me encarar.
_ Eu cheguei mais cedo para tratar de alguns assuntos com o senhor. _ Ele sorriu me encorajando_ Primeiro, eu trouxe mais um livro para a Demi. Aqui está _ tirei o livro da bolsa e o entreguei ao Simon. Ele olhou a capa e me devolveu... Romances sempre eram aceitos. Depois eu o entreguei minha bolsa (não podia entrar no quarto de Demi com nada) e agarrei o livro de volta_ Segundo, você sempre fica no quarto durante as visitas de Wilmer, certo?
_Claro, não é seguro para a Demi ficar com alguém no quarto, mesmo quando se trata do marido dela. Mas por que a pergunta?
_ É que todas as vezes que ele a visita, quando entro no quarto ela fala que o Wilmer abusou dela...
_Eu fico lá o tempo inteiro sim e Demi fica extremamente feliz ao ve-lo... Porém já que ela tem insistido irei fazer os exames necessários e, enquanto isso, Wilmer não poderá visita-la.
_ Obrigada... Deixe-me ir agora doutor. Já está quase na hora de Demi acordar.
Ele assentiu e eu sai de lá. Ontem Demi me deixou na dúvida, mesmo ela estando vestida, ela estava mesmo acreditando que foi estuprada por Wilmer
Cheguei no quarto de Demi, rezando para ela ainda estar dormindo e sentei ao pé da sua cama. Quando ela começou a se mexer eu comemorei, não aguentava esperar a hora dela descobrir o que tinha feito na noite anterior.
_Bom dia Demi! _ eu disse animada, com uma animação maior do que a minha normal.
_Bom dia _ ela disse sonolenta.
_Demi, eu tenho uma coisa pra você! _ sorri e mostrei o livro _ O morro dos ventos uivantes... Espero que goste.
_ Obrigada Sel.
_ Se anime Demi!
_Por que me animaria?
_ Demetria, tem uma surpresa dentro do livro... _ pisquei para ela e a entreguei o livro.
Ela pegou o livro de súbito, agora parecia que tinha finalmente acordado.
Demi’s POV
Peguei o livro da mão de Selena, o que poderia ser uma surpresa para mim? E como ela poderia estar dentro do livro?
Abri o livro e vi uma carta. Avaliei com curiosidade e abri o envelope, não tinha nada escrito do lado de fora...
Quando reconheci a letra olhei para Selena, estava completamente pasma, como ela conseguira?
_Apenas leia... explicações depois _ ela disse como se lesse meus pensamentos.
Comecei a ler
“Querida Demi,
Como as coisas podem mudar em apenas cinco anos, não é mesmo? Eu acabei de voltar da faculdade e quando cheguei aqui, Nick me disse aonde você estava... Como as pessoas podem falar que a minha pequena Dem é louca? Não me faz o menor sentido.
No dia seguinte que cheguei fui correndo  até Dallas te procurar e não conseguir nem chegar perto de você. Já está aí a mais de três anos, então por esses eu perdoo a falta de correspondências, mas e os outros dois? Por que não me escreveu nem ao menos uma carta?
Sei que se casou e não casou e não estou com raiva por isso... Quanto a sua promessa? Bem será que ela ainda vale para sermos amigos? Espero que sim.
Por enquanto ainda não posso te ver, mas sua enfermeira disse que arrumaria um jeito em breve e eu espero ansiosamente pra ter minha baixinha em meus braços. Sinto falta dos seus olhos e do seu sorriso."
Parei de ler a carta na metade, Simon tinha aberto a porta. Será que escondera a carta rápido o suficiente?

(continua...)
(cinco comentários - sem contar os meus - eu posto o sétimo capítulo... espero que gostem)

domingo, 23 de dezembro de 2012

Capítulo 5 - Wait, Wait, Wait....


Selena’s POV
Wilmer saiu do quarto da Demi e eu entrei logo em seguida. Vi ela chorando.
_Demi, o que houve? _ Perguntei.
_Ele abusou de mim Sel, de novo. _ ela disse com os olhos marejados, em meio aos soluços.
_Como ele fez isso com você vestida? Demi, isso é coisa da sua cabeça. _Eu disse e ela olhou para baixo para ver se estava mesmo vestida, quando confirmou, ela revirou os olhos e bufou. _ Demi, o Wilmer é um marido perfeito, o homem dos sonhos de qualquer mulher...
_Fala isso porque não é você casada com ele _ Ela interrompeu
_Demi não tem como ele fazer as coisas que fala comigo, o Wilmer é româtico, carinhoso, faria tudo por você e te ama. _ eu disse, como ela podia reclamar do homem perfeito?
_Repito : só fala isso porque não o conhece.  E porque não é casada com ele. _ ela deu uma pausa_ principalmente devido a segunda opção.

Joe’s POV
Cheguei em Dallas e não tive dificuldade de encontrar a clínica onde Demi estava internada. A única coisa que Nick sabia fazer era explicar caminhos.
Cheguei na portaria e vi uma recepcionista vestida de branco.
_Olá senhorita _ olhei o crachá_ senhorita Faith, pode me informar qual o horário de visita?
_Olá, boa tarde. O horário de visita é as 17 horas. _ olhei o relógio, faltava menos de uma hora.  _Qual paciente gostaria de visitar?
_Demetria Lovato...
_Desculpa senhor, ela não pode receber visitas...
_Sou o melhor amigo dela, se a perguntar, tenho certeza que aceitaria me ver.
_Desculpa senhor.
_Eu só saio daqui depois de ve-la! _ Eu disse, sou um homem nervoso, perco muito fácil a paciência e eu queria ver Demi.
_Não posso permitir sua entrada.
Então era isso? Terei que fazer escândalo?
_ EU VOU ENTRAR AQUI SIM, NEM QUE TENHA QUE SOCAR A CARA DE CADA UM DE VOCÊS! SÓ SAIO DAQUI DEPOIS DE VER DEMI E NINGUÉM ME IMPEDIRÁ DE VE-LA!
_Senhor, por favor, abaixe o tom de voz.
_EU VOU FALAR COM ELA! ME LEVE ATÉ A DEMETRIA QUE PARO DE GRITAR!
_Senhor _ um homem mais velho, com o cabelo grisalho partido ao meio se intrometeu _ pare de escândalo, ninguém pode visitar Demetria, o seu estágio da doença é avançado...
_E QUEM É VOCÊ PARA CHAMA-LA DE LOUCA? _ mais um insignificante falando que Demi era louca.
_Sou o médico quem atende o caso dela. Prazer, Simon _ disse estendendo a mão.
_NÃO É NENHUM PRAZER! EU QUERO VE-LA.
_Não a verá, lamento. _ ele disse frio.
_Ah não? EU QUEBRO SUA CARA SEU VELHO!
_Se continuar com esse comportamento chamarei seguranças e te colocarei em uma camisa de força.
_VAI FALAR QUE SOU LOUCO TAMBÉM? LOUCO AQUI É VOCÊ QUE FALA QUE DEMI É LOUCA! CONHEÇO ELA DESDE QUE ME DEI POR GENTE!
Depois disso, fui carregado para fora do local por dois seguranças, mas eu não iria desistir, permaneci na porta esperando que alguém me desse informações sobre a Demi.
Perguntei a todos que saiam do local, a maioria médicos e enfermeiras e, nenhum deles, sabiam me informar sobre a Demi, eles nem ao menos sabiam da sua existência.
Até que apareceu uma enfermeira, a mais animada até então, aparentava ter uns 23 anos, a idade que Demi teria agora e a chamei. Talvez ela soubesse de alguma coisa.
_Ei. Menina_ gritei e ela se virou.
_Sim?
_Você por acaso sabe quem é Demetria Lovato?
_ A Demi? _ perguntou estranhando.
_Sim, a Demi! Quem é você. É que é a única que sabe da existência dela.
_Sou a enfermeira da Demi, me chamo Selena... _ ela disse tímida.
_ Pode me informar como Demi está? O que ela tem? Por que veio parar aqui? Por que não me deixam ve-la?
_Calma _ ela me interrompeu, sufocada com as perguntas _ não posso te dar essas informações, me desculpe. _ ela disse e realmente parecia sentir muito com isso. _ Desculpa a pergunta, mas quem é o senhor? Ninguém nunca veio procurar Demi aqui. Não que eu saiba, nem mesmo a mãe dela.
_ Sou Joseph, mas me chame de Joe_ eu disse e vi o espanto na cara de Selena.
_ Espera aí! Então você é o famoso Joe?_ Selena gargalhou... e espera, se ela sabe da minha existência é porque Demi, não só lembra de mim, como também falou de mim com ela.
_Sim, sou eu.
_Como amiga da Demi, vou te ajudar. Agora ela está sedada no quarto, todos os dias tenho que fazer isso antes de ir embora... _ Eu a olhei com raiva e ela percebeu _ desculpa, é o meu trabalho, não vejo necessidade nisso, mas não posso perder meu emprego. _ tive que compreender, pois aquela menina não tinha culpa de nada e tinha regras a seguir. _ vou tentar arrumar um jeito de entrar para conseguir vê-la, porém enquanto não arrumo essa forma escreva uma carta para ela que já sei como entregar.
_ Obrigado _ eu disse _ Por que está me ajudando? Quer dizer, sou muito grato, porém está correndo riscos e pode perder seu emprego.
_Eu sei que fará bem a Demi _ ela deu de ombros _ Só teremos de ser cuidadosos. _ ela disse e concordei com a cabeça. Cautela e cuidado era o mínimo que podia fazer por aquela menina.
_ Selena, vou tomar cuidado... e obrigado.
_De nada. Amanhã me encontre aqui por volta de seis e meia da manhã
Assenti, com certeza estaria lá.
Fiquei em um hotel barato perto de Dallas escrevi a carta, fechei o envelope e fui dormir, mesmo não sendo nem sete horas da noite ainda. Estava exausto e a ideia de Demi ler uma carta minha me acalmava.
Minha preocupação não mudou, porem tinha sido um dia longo e tinha que dormir para amanhã está bem cedo na clínica. Mas será que Selena conseguiria entregar a Demi a carta?

(continua...)

(com três comentários eu posto)

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Capítulo 4 - Don't touch me


Luz. Droga de luz.
Abri os olhos lentamente, forçando-os a se acostumar com a claridade constante emanada de uma lâmpada amarelada grudada no teto do quarto, lâmpada essa que nunca, absolutamente nunca era desligada, o que com certeza me geraria insônia se eu não fosse sedada todas as noites e obrigada a dormir feito um urso em época de hibernar.
Devagar fui me sentando na cama, com a visão meio sem foco e o corpo mole. Apoiei os cotovelos em meus joelhos dobrados e embrenhei meus dedos em meu cabelo descabelado, inclinando meu corpo e colocando minha face afundada nas mãos. Suspirei profundamente.
Fiquei assim por alguns segundos, tentando acostumar, meu corpo a vida e aos poucos comecei a sentir minhas pernas mais rígidas e normais.
- Demi? – quase dei um pulo quando escutei uma voz vinda de perto me chamar. Desesperada, olhei para o lado e paralisei com a imagem de um homem sentado na ponta da cama. Meu subconsciente deu um berro alto e senti minhas mãos começarem a tremer loucamente. Não, por favor, não. Ele usava um terno preto de linho perfeito que contrastava com sua pele bronzeada, a barba estava feita como sempre e a boca estampava um sorriso que, se eu não o já tivesse visto varias e varias vezes,  teria julgado como dócil.
_ Que bom que acordou, querida.
Arregalei os olhos e senti um nó enorme se formar em minha garganta.
O homem fez menção de se aproximar de mim, mas antes que conseguisse me tocar, esquivei meu corpo, pulando da cama e correndo para o canto mais afastado do quarto, com o pânico transparecendo em cada gesto.
- Não toque em mim – falei tremula, enquanto escorregava pela parede gelada e me encolhia toda no chão, abraçando os joelhos com toda a força que meu fraco corpo era capaz de demonstrar.
Wilmer soltou um risinho agudo e se levantou também, vindo em minha direção. A cada passo que dava, intensificava mais a força ao redor de meus joelhos.
- Também senti sua falta, amor – o moreno se sentou ao meu lado.
Lagrimas já desciam pela minha face e uma sensação de nojo se apoderou de mim quando senti sua respiração perto de meu pescoço, virei o rosto para o outro lado, na tentativa de não ter que olhar naqueles olhos nojentos, mas foi em vão, pois segundos depois, sua mão grande apertou minha bochecha com violência, virando minha cabeça e obrigando-me a fitar sua face.
_ Demetria, Demizinha, não seja malvada comigo _ murmurou ele irônico, puxando meu rosto para mais perto de si.
Seu aperto me impossibilitava de falar qualquer coisa e fazia com que eu só conseguisse soltar baixos resmungos de dor e medo.
Minha barriga revirava ao ver aqueles olhos negros tão perto. Eu tentei tirar seus dedos de mim com meus braços, mas ele agarrou meus pulsos com a mão livre e intensificou a força na bochecha, eu quase berrei tamanha dor.
Em um impulso ele chocou seus lábios contra os meus com força, em um selinho longo e com nojo e pânico dei uma dentada em seu lábio inferior, para afastá-lo, o que deu certo, pois tirou sua boca da minha depressa, largando meu rosto para passar os dedos na parte machucada, mas sem soltar meus pulsos.
- Me l-larga – gaguejei com a visão meio turva por conta das lagrimas.
Wilmer virou seu rosto para mim e pude ver uma raiva crescendo em suas pupilas. Rapidamente sua mão voou até minha face novamente, jogando-a contra a parede e fazendo-a bater com força na superfície branca. Gritei com a dor na cabeça e ele apenas riu, segurando minha cara para que ela continuasse ali, presa a gelada parede.
_ Demi, por incrível que pareça você está mais bonita a cada dia _ o nojento sorriu roçando o nariz pela minha bochecha e uma ânsia de vomito encheu meu estomago. _ Tenho que parar de ficar tanto tempo sem te ver, você não tem noção de quanto sinto sua falta.
O tanto tempo daquele nojento era dois dias.
- SOCORRO – berrei desesperadamente, na esperança inútil de que alguém abrisse a porta e me livrasse daquele cretino. – ME TIREM DAQUI, ME TIREM.
- Demi, quantas vezes terei que dizer que não adianta gritar, ninguém te ouvirá – Merda de isolação, merda de ala especial, merda de inferno. Ele sorriu maleficamente, beijando meu pescoço, ato que me desesperou mais ainda.
- PELO AMOR DE DEUS, ME TIREM DAQUI, PELO AMOR DE DEUS! – comecei a soluçar compulsivamente e a chorar feito uma criança, enquanto sentia sua boca percorrendo a superfície de meu pescoço. – ME TIREM DAQUI, SELENA, SELENA, SIMON, QUALQUER PESSOA, qualquer pessoa... – fui baixando o som de meus gritos ao perceber, com pânico, que o homem ao meu lado estava certo, ninguém viria me ajudar, como sempre acontecia.
Sua mão que antes jogava meu rosto na parede agora se embrenhava em meu cabelo, puxando-o para que o dono dos dedos pudesse cheirá-lo.
- Continua com o cheiro bom de sempre – murmurou após alguns segundos, depois soltou meus fios e desceu o toque até minha camisola branca. – Agora vamos ver se seu corpo continua o mesmo – soltou uma risada e nesse momento eu congelei, congelei totalmente. Meus músculos não se mexiam mais e as lagrimas caiam sem som, loucamente, de meus olhos.
As mãos de Wilmer apertaram meus ombros e me jogaram no chão. Eu senti a superfície gélida e antes que pudesse tentar me levantar, ele se sentou em cima de meus quadris, colocando todo seu peso em cima de meu corpo e segurando minhas mãos, impossibilitando qualquer movimento. Eu já estava conformada, já sabia o que aconteceria a seguir e sabia que quanto mais gritasse e esperneasse, mais dor sentiria daqui para frente. Apenas fechei meus olhos com força e fiquei parada, na esperança de que, de alguma forma, conseguisse fazer minha alma sair de meu corpo, ao menos pelo tempo em que Wilmer estivesse me machucando.
Senti suas mãos subindo minha camisola até a barriga e baixando minha calcinha até os joelhos. As lagrimas desceram mais depressa quando, pelos olhos semicerrados, o vi saindo de cima de mim por alguns segundos e baixando sua calça e cueca para baixo, mostrando algo que eu fiz questão de fechar os olhos novamente para não ser obrigada a ver.
- Continua igualzinha – disse em um tom que me deu repulsa, e sem nem esperar investiu dentro de mim, causando uma dor tremenda e um berro que escapou de meus lábios. Ele fazia movimentos rápidos, indo e vindo sem pena, enquanto eu sentia como se fosse cortada por dentro a qualquer momento. Ficou assim por vários minutos até um liquido sair de seu membro e ele suspirar de prazer, tirando-o de mim e levantando. Meus olhos doíam de tão fechados que estavam, era como se eu quisesse fundir a pálpebra superior com a inferior e água jorrava de lá dentro.
Wilmer subiu a calça e saiu andando, indo para outro canto do quarto e me deixando imóvel e com uma dor enorme jogada no chão.


(continua...)

(dois comentariozinhos e eu já posto o próximo)

Recadinho

Gente muito obrigada pelo apoio e só queria falar que o próximo capítulo vai ter cenas intensas, então se preparem. E o quarto capítulo não será escrito por mim e sim, com uma amiga, nós duas somos mestras em programar fics juntas, não falamos de mais nada haha. E, não, ainda não chegou a hora de Jemi. Esperem pacientemente. kkkk
Beijos amo vocês.
Carol

Capítulo 3 - I'm not crazy even when it looks like (parte 2)


Selena’s POV

Como todas as outras vezes que Demi tinha alucinações, eu injetei sonífero nela, porém com certeza seria mais de duas horas para o efeito passar e Demi não poderia ter seu momento com o piano.
Teve uma vez que Demi me pediu para avisa-la antes de fazer ela cair no chão devido aos remédios, porém ela não escuta. Em suas alucinações ela se fecha em outro mundo e, depois que acorda, leva muito tempo para ela voltar a falar, comer, ou qualquer outra coisa. Porém diferentemente das outras pessoas, ela reconhecia ter sido uma ilusão depois que acordada e ficava lúcida em seus períodos não alucinatórios. Mesmo assim durante as ilusões ficava óbvio sua esquizofrenia. As ilusões estavam ficando mais frequentes e, como estava em um estado avançado, os remédios não faziam mais efeitos.
Depois de umas quatro horas, Demi acordou.
_Demi, pode dormir de novo._ Eu disse. Dormindo ela se acalmava.
Como resposta só tive uma negação com a cabeça.  Com o tempo aprendi a entender os gestos da Demi pós alucinação. Parecia que a voz dela sumia.
_Demi eu terei que falar que estava lendo quando começou...
_NÃO FAÇA ISSO_ ela interrompeu e eu me assustei, espera aí. Demi tinha falado?
_Calma, não falarei então. Sei que sem os livros você já teria surtado _ ela assentiu e deu um mini sorriso de agradecimento. Sorri de volta.
_ Demi, já está anoitecendo... Eu tenho que ir. Simon pediu para lhe aplicar esse calmante devido ao que aconteceu hoje. Tudo bem?
Demi deu de ombros e peguei seu braço com cuidado e, quando já ia aplicar ela revirou os olhos.
_Desculpa Demi, é o meu trabalho. _ sempre dizia isso. _ O lado positivo é que vai dormir a noite inteira _ sorri fraco.
Cansei de tentar conversar com ela, talvez amanhã ela ainda esteja um pouco melhor, depois de uma alucinação ela sempre parecia frustrada, não sei se era a palavra certa, porém era a melhor que encotrara. Apliquei a injeção e ela dormiu rapidamente, os calmantes que ela tinha que tomar eram fortes demais.
Fui embora deixando Demi sozinha no quarto, totalmente desacordada.

*Casa dos Jonas*
_ E depois disso? _ Questionei.
_ Bem depois disso... Ela foi diagnosticada com esquizofrenia e está internada em uma clínica há mais de três anos. 
_ COMO ASSIM DEMI É ESQUIZOFRÊNICA?_ Já estava gritando, não esperava que o “grande segredo” que envolvia o que estava acontecendo na vida da Demi tinha ligação com a sanidade mental dela.
_Joe, eu fiquei tão surpreso quanto você! Mas esquizofrenia, aparece na idade adulta. Varia de pessoa para pessoa. Em cada um aparece de um modo diferente e com uma idade variada. _Defendeu Nick.
_Mas eu teria percebido. Ninguém conhece a Demi melhor que eu. Sabe das coisas dela igual eu sei. Eu teria percebido.
_Também estranhei Joe, mas é a verdade.
_Você ACREDITA que a minha Demetria esteja LOUCA?
_É o que os médicos disseram Joe. Não sou eu inventando. _Nick disse calmo
_Você diz isso porque não a conhecia. _Eu já estava gritando, não queria aceitar. _ Você foi visita-la? Entrou em contato? Aonde ela está internada? _ Disse um pouco mais calmo.
_Calma com as perguntas Joe _ Nick repreendeu _ Eu tentei visita-la, mas não me deixaram entrar, ela esta na ala de segurança máxima!
_ O QUE?
_ Joe se acalme ok? Não posso ligar para ela nem, escrever uma carta. Tampouco posso visita-la. Nem você Joe.
_Não importa, vou visita-la agora! Sabe pelo menos aonde ela está internada? _perguntei.
_Você não pode Joe. E ela está internada em Dallas, são menos de trinta quilômetros. Porém você perderia a viagem!
_ Só não vou agora porque está prestes a amanhecer, porém amanhã estarei lá. Dormirei um pouco agora e amanhã/hoje quando acordar eu vou atrás de Demi. E você não vai me impedir.
_ Se eu tentasse não iria resolver mesmo _ Nick deu de ombros _ mas perderá sua viagem.
_ Não interessa.
Fui dormir e nem preciso dizer que não preguei os olhos durante muito tempo, até que, cansado de pensar e de me preocupar com a Demi, desisti e tomei um banho morno. Quando deitei novamente consegui dormir.
Acordei já eram duas horas da tarde, levantei e, sem ao menos comer algo, já peguei o carro e fui dirigindo para o endereço em Dallas que Nick havia me passado. Queria ver a Demi, não importa o que estivesse acontecendo com ela, pelo menos eu confiava na sanidade mental da minha melhor amiga.

(continua...)

(Com um comentário sozinho eu já posto assim que estiver pronto)

Obs: o próximo capítulo não vai ser autoria minha e sim de uma amiga... Ela bolou a fic inteira comigo, então se estiver muito diferente já sabem o por quê, beijos) 

Capítulo 3 - I'm not crazy... even when it looks like. (parte 1)


Demi’s POV
Acordei novamente encarando o quarto, Selena estava sentada no pé da minha cama e se animou ao ver que eu tinha acordado.
_Demi, hoje eu trouxe um livro para você!_ Disse ela. Logo que Selena passara a ser minha enfermeira eu não tinha muita diversão (não que eu tenha agora) e, como a mãe dela é dona de uma biblioteca, Selena pega livros para mim e quando acabo de le-los ela os leva novamente. Todos os livros têm que passar por Simon, mas isso até que foi fácil, depois que descobrimos os critérios dele. As únicas coisas que deixa passar são romances não violentos, como os Clássicos de Sheakspeare, qualquer romance que não seja violento e que não me informe do mundo. Esse era seu critério.
Antes de entrar aqui eu não gostava de ler, só o fazia por obrigação, ou seja, livros que a escola me obrigava a ler. Porém essa era minha única “diversão” e quando você só tem duas opções: ou ler, ou olhar alegramente as paredes, ler começa a parecer uma coisa muito interessante e, quem diria, que a menina que odiava ler se tornaria uma amante dos livros? Pois é ninguém nunca pensaria isso de mim. Mas aconteceu.
E é claro que também tinha a minha hora preferida do dia, bem de quatro vezes na semana, esses dias eram: Domingo, terça, sexta e sábado; esses eram os dias que eu tinha três horas na sala do piano e as vezez, além de tocar, também cantava. Isso trazia luz a minha vida. Sempre fora amante da música, completamente viciada no piano e foram meses de luta para conseguir uma hora no instrumento por semana. Com o passar dos anos fui conseguindo mais tempo em minha sagrada fonte de luz à alma e, um dos motivos da conquista foi que, quando eu tocava, não fazia bem apenas para mim, mas para todos os pacientes.
Nos outros dias eu apenas lia, fazia minha consulta ao psiquiatra e, muito raramente, podia comparecer às cessões de confraternização. As outras atividades eram individuais, isso é, ou só com Selena ou com Selena e um médico, como plantações e leitura (não, eu não podia nem ler sozinha).
Sorri para Selena pelo presente e fui avaliar a capa, era o clássico dos clássicos: Romeu e Julieta. Sorri com o presente, nunca o tinha lido por mais famoso que fosse.
_Obrigada _ sorri e agradeci a Selena.
_Por nada Demi, espero que nunca tenha lido..._ Ela disse e neguei com a cabeça.
_Sel, quantas horas? Falta quanto tempo para eu ir tocar piano? _ eu disse como uma criança quando está viajando e não para de perguntar se já está chegando ao destino.
Selena riu da minha empolgação e disse:
_ Faltam duas horas. O que tocará hoje?
_ Não sei _ admiti preocupada _ Eu queria compor uma música, a melodia dela pelo menos. Bem, eu já tenho a letra...
_ Posso ver? _ Questionou Selena e eu fiz que não com a cabeça. Ninguém veria as minhas músicas, nem mesmo Selena. _ Tudo bem se não quiser me mostrar, Demi.
_ Selena, o que se fazer em duas horas em um quarto? _ sim, agora definitivamente estava sendo criança, mas não me importava.
_ Demi, calma. Quanto mais ansiosa você ficar pior vai ser. Mais o tempo vai demorar a passar.
Quando Selena acabou a frase, Simon entrou no quarto com uma injeção na mão, revirei os olhos mas não contestei nada, era pior quando brigava... Por que me dar remédio para esquizofrenia, sendo que eu não era louca?
Ele se aproximou com um sorriso, me encorajando, sentei na cama e esperei ele enfiar a agulha no meu braço. Depois disso ele foi embora.
_ Sel, eles aumentaram minha dose de medicamento, sabe se aumentaram os comprimidos também? _ perguntei. Era mais ou menos assim: eu tomava a injeção uma vez por semana e comprimidos regulados, duas vezes por dia.
_Acho que ainda não Demi. _ Selena respondeu.
_Selena, vou começar a ler Romeu e Julieta, para o tempo passar, tudo bem?
_Claro Demi, se precisar de alguma coisa, estou sentada no pé da sua cama _ disse ela.
Comecei a ler o livro e as letras começaram a se mexer, pisquei e tentei me concentrar mas elas continuaram a se misturar, girando em círculos na página. Balancei a cabeça e apareceu uma criança, por volta de uns cinco, seis, anos de idade chamando meu nome. O pior foi que ela estava com uma faca na mão. Essa criança queria me matar. Joguei o livro no chão e a menina assassina saiu dele. Ela tinha um sorriso maligno nos lábios e mexia a cabeça de forma demoníaca. Arregalei os olhos e de um ato de desespero comecei a gritar. Não queria ser morta por essa menina.
_ QUEM É VOCÊ? POR QUE QUER ME MATAR? PARA COM ISSO!!! AAAAAAAAAAAAAAAAAAA _ Será que gritando seria pior? Mais fácil dela me matar? Não sei, porém preferia gritar do que ficar parada.
Percebi que Selena falava alguma coisa, acho que ela ia tentar matar a assassina, porém Selena veio atrás de mim, senti minhas pálpebras pesarem e depois disso não lembro de mais nada.

(continua) 

(Com dois comentários posto a segunda parte do capítulo, espero que tenham gostado.)

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Palavrinha com vocês

Oi galera, admito que fiquei muito surpresa e feliz com o número de visualizações. não esperava tantas em tão pouco tempo e queria agradecer muito a todos que estão lendo. O que estão achando? Estão gostando da fic? Animados para o próximo capítulo?
Aos leitores fantasmas: Por favor comentem algo, nem que seja para criticar, pois critícas são bem-vindas, é a minha primeira fic de verdade então...
Quanto a formatação do último capítulo, me desculpem eu não consegui tirar o fundo branco dele. Sou lerda pessoas.
Só mais um recado: O próximo capítulo não está pronto, quando estiver com cinco comentários eu posto ele, mas primeiro preciso escreve-lo, porém espero ser rápida.
Agora vamos aos agradecimentos : Agradeço aos leitores (incluindo os fantasmas também), à minha amiga que me ajudou nessa fic e ainda me socorre, as pessoas no twitter que me ajudaram a divulgar.
E é só pessoas espero que comentem. Beijos da Carol ( @livingbysemi ) e não tenham medo de falar comigo... bye.

Capítulo 2 - Back To Home

Capítulo 2- Back to home.
Hoje era o meu último dia nesse dormitório em minha faculdade, era um quarto que tinha que mantê-lo limpo e arrumado e é claro que não o fazia. Era a primeira vez nesses cinco anos que estava arrumado. Sentiria falta desse lugar, passei ótimos momentos aqui com meus amigo mas principalmente com garotas. Encarei a minha mala preta, era a mesma que trouxera. A ultima vez que a arrumara foi na companhia de Demi e agora ela estava arrumada novamente. É claro que tive dificuldade uma vez que não sou o que as pessoas costumam chamar de “organizado”, mas no final das contas consegui arrumar, ou quase isso já que não coubera tudo na mala e a sacola ao seu lado denunciava esse fato.
Se Demi visse isso ela brigaria comigo e desmontaria a mala apenas para organiza-la novamente. Sinto falta da Demi, é claro que não fiquei remoendo isso esses cinco anos sem pegar nenhuma garota, afinal eu era Joe Jonas então eu peguei várias meninas nesse quarto porém nunca senti nada por nenhuma delas. Nada comparado ao que senti ao apenas beijar a Demi na última vez que a vira. Foi apenas um beijo, porém o suficiente para transformar anos de amizade em uma paixão. Por mais que tive muita raiva, por não tr respondido nenhuma das minhas cartas, não posso esperar para revê-la amanhã, já que vou chegar em casa hoje de madrugada
 As aulas acabaram ontem e não podia esperar para voltar para casa, afinal passei cinco anos longe de minha cidade natal, uma pequena cidade chamada Grand Prairie que ficava nos arredores de Dallas. Só pude vir parar em uma faculdade do tamanho Dartmouth, devido eu ter ganhado uma bolsa por ser capitão do time de football americano, já que nunca teria dinheiro e bolsa por mérito era impossível de eu ganhar uma vez que só tirava notas vermelhas exceto em matérias relacionadas a matemática como trigonometria e física. Amava os números e tinha tremenda facilidade com eles.
Peguei as malas e fui para a parte externa da faculdade, pois já estava na hora do táxi chegar.  Observei a entrada do campus de Dartmouth pela última vez. Engana-se quem pensa que não aconteciam festas aqui por ser uma faculdade de “nerds”. Quando chegavam na faculdade os que eram nerds na escola, costumavam a se soltar e a se entregar as festas. Ficara bêbado aqui incontáveis vezes, beijei mais da metade das garotas em festas. Sentiria muita falta do meu time de football, da comemoração de quando ganhamos os estaduais e finalmente quando chegamos as finais do nacional. As “farras” dos universitários era frequentes e disso que mais gostava daqui.
Avistei o táxi já parado na rua procurando o suposto passageiro, acenei para que o motorista me visse e ele veio me ajudar com a bagagem. Depois que as malas já estavam no bagageiro o motorista entrou no carro, e como já sabia o destino, tivemos uma viagem silenciosa até o aeroporto.  Tive que esperar pouco menos de uma hora para chamar o voo e depois de mais três estava pousando no aeroporto de Dallas
Cheguei em Dallas e senti novamente o cheiro do Texas, o cheiro de casa. Minha mala foi uma das primeiras a passar pela esteira de malas e a peguei. Ainda meio nostálgico saí da sala de desembarque e, para minha surpresa, meu irmão mais novo estava me esperando, ele foi o primeiro que vi, mas a medida que fui me aproximando consegui ver toda a família. Comecei a abraça-los loucamente, senti falta de todos esses rostos. Pensei que ninguém viria ao aeroporto.
_Vamos para casa?_ perguntei ao Nick, era ele quem estava mais próximo de mim naquele momento.
_Claro, vamos precisar de um táxi primeiro.
Procuramos  táxis no aeroporto e em um foi eu e meu dois irmãos: Nick e Kevin e no outro táxi fomos para a casa.
Quando cheguei em casa e abri a porta, estavam na minha casa todos os meus amigos da escola, o meu antigo time de football, meus tios e primos... Toda a família e amigos.
Entrei em casa, cumprimentei a todos e, depois de passar o olho pela milésima vez em todos os rostos ali presentes, puxei Nick para um lugar reservado para perguntar onde estava uma certa pessoa que dei falta na festa.
_Nick cadê a Demi_ Perguntei. Não aceitaria respostas mal dadas nem desvio do assunto igual ele sempre fazia quando o assunto era “Demi”
_Joe você tem o direito de saber... Mas não agora. No final da festa eu te explico tudo...
_Nicholas Jerry Jonas, me explica tudo agora_ exigi.
_No final da festa. Mas a culpa não é dela por não estar aqui...
É claro que ela não cumpriria a promessa, mas não podia ficar com raiva. Demi era uma mulher maravilhosa e não ficaria, por cinco anos, solteira. Mas pensei que, pelo menos como amigo, ela me esperaria.
Isso justificava também a falta de correspondências. Ela devia estar namorando ou até mesmo casada. Mas isso não era o problema, alguma coisa na voz de Nick o entregava. Era algo muito mais sério do que outro homem na vida de Demi.
_Sei que aconteceu algo. Isso já é o suficiente para estragar a festa, Nicholas.
_ Joseph _ Nick suspirou_ não adianta, só te contarei no final da festa.
Revirei os olhos e fui aproveitar a festa, ou pelo menos eu fui tentar aproveitar a festa. Porém por mais que tentasse, não conseguia me desligar do fato que tinha acontecido algo grave com a Demi.
Quando percebi que todos já haviam ido embora, só sobrara Miley, que era noiva de Nick e Danielle, esposa de Kevin, além da família: Nick, Kevin e meus pais. Olhei para Nick e ele sabia o que eu queria: descobrir o que tinha acontecido com Demetria.
_Desembucha_ disse frio ao Nick.
_Desde que você foi para a faculdade as coisas               mudaram bastante. _ Ele disse cauteloso.
_Disso eu já tinha desconfiado_ Respondi.
_A Demi conheceu uma pessoa, um homem_ Nick disse com cuidado, medindo as palavras_ Eles se conheceram e rapidamente, ela já estava casada. Foi um ano de você ir embora até o casamento. _ Nick disse com muita cautela ainda. _ Foi muito rápido. Ela se casou e poucos meses depois algumas coisas estranhas começaram a acontecer. Pelo menos aos olhos dela...
_Como assim “pelo menos aos olhos dela” ?_ Interrompi.
_Essa é a pior parte... Ela começou a ver coisas... ter alucinações. Ver e conversar com o pai dela. Escutar sua voz...
_Minha voz? Falar com defunto? Como assim?
_O marido dela foi procurar ajuda psiquiátrica. Não era normal a forma como estava agindo...
_ E depois disso? _ Questionei.
_ Bem depois disso... Ela foi diagnosticada com esquizofrenia e está internada em uma clínica há mais de três anos. 

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Aviso

O segundo capítulo será postado com no mínimo dois comentários, ele já está pronto... Obrigada galera é só para eu saber se tem gente lendo ou se estou postando para as paredes... Beijos.

Capítulo 1 - Mais um dia


Demi’s POV
Não havia muita animação na minha vida, todos os dias eram iguais, ou seja: um inferno. Não tinha permissão para sair do meu quarto sozinha, por isso passava a maior parte do tempo entre essas quatro paredes brancas, com pequenos detalhes em amarelo, tentava me focar nesses já que a branquidão desse lugar me assustava. Roupas de cama, armários, mesa, tudo muito branco. Apenas minha cama era de um tom de madeira natural com uma camada de verniz e até mesmo minhas rupas eram brancas... Eu infelizmente tinha que usar aquelas camisolas horríveis de hospital.
Todos falam que eu sou esquizofrênica, porém eu tenho certeza de que eu não sou louca. Tudo bem que eu venho tendo alucinações cada vez mais frequentes e eu realmente não sei o que vem acontecendo comigo, porém tenho certeza  de que louca  eu não sou. Entretanto, como ninguém acreditava em mim quando repetia frequentemente essas palavras, eu vim parar aqui, em uma clínica de esquizofrenia, de onde não posso sair.
Meu quarto é isolado dos outros, fico na ala especial e como se não bastasse essa isolação, tenho que aturar dois seguranças que não saem da porta do meu quarto e que eu nem se quer sei os seus nomes. Um é um mulato, com mais de dois metros de altura, muito forte; já o outro era pálido, tinha olheiras fundas, não aparentava ser nem um pouco forte e era muito baixo... Não faço a menor ideia de como tornara segurança.
_ Hora do seu café da manhã! _ Disse Selena animada entrando no quarto com uma bandeja na mão. Bem, essa é a animação normal da Selena que parece inabalável. E sim, eu tinha horário para tomar o café da manhã, na verdade eu tinha horário para tudo: café da manhã, almoço, banho, dormir... Todos rigorosamente seguidos, com exceção do último que era violado quando, em meio as minhas alucinações, Selena tinha que aplicar sonífero em minha veia e eu simplesmente desmaiava.
_Bom dia! _ disse com a animação de sempre, ou seja, nenhuma.
_ Hoje faz dois anos que virei sua enfermeira.
_ Obrigada! _ Eu exclamei e Selena me olhou querendo explicação por esse meu agradecimento _ Por mais insuportável que você seja, é melhor do que minha enfermeira anterior _ Selena revirou os olhos_  Ela devia ter uns 60 anos e digamos que não era exatamente o que eu chamo de confortável tomar banho na frente dela.
_Demi come o seu café da manhã, pois depois quem vai ser culpada sou eu e não quero perder meu emprego, pois pretendo me casar o mais rápido possível e ainda preciso do dinheiro para ajudar minha mãe...
Comecei a comer o pão com alguma coisa dentro que não fazia a menor ideia do que era,  só sabia que era nojento. No começo eu reclamava frequentemente da comida por ser de péssima qualidade, porém percebi que minhas reclamações eram irrelevantes e de nada adiantavam então, com o tempo, acabei me acostumando.
_Demi_ Levei um susto, pois Selena quebrara o silêncio.
_Sim?_ Respondi
_Eu fui à praia com o Justin ontem à noite..._ Selena parou como quem estivesse tomando coragem para dizer algo.
_E..._ tentei incentiva-la a contar.
_Ah... Foi legal, é bom ter um dia de folga. Você me entende, é bom descansar da sua cara um pouco...
_Nossa Selena! Muito obrigada, eu também te amo muito! _ Disse ironicamente.
_Mas não é isso que quero falar... Eu queria te perguntar uma coisa... Não é bem uma pergunta...
_Pode falar_ disse tentando encorajar Selena que parecia estar em uma guerra com as palavras.
Me levantei da cama pois já havia acabado de comer minha gororoba sem gosto e fui andando para o meu pequeno banheiro escovar os dentes. Havia uma coisa que ainda me assustava, acho que a única que ainda não me acostumara nesses três anos e essa coisa era que a porta do banheiro era de vidro. Se eu era vigiada? Que isso, imagina. Selena Me seguiu e entrou no banheiro me encarando.
_Pode falar_ disse outra vez.
_Sabe o Justin?_ Selena parou novamente, esperando minha confirmação, porém como estava escovando os dentes apenas assenti _ ...então ele está querendo dormir comigo e... eu não posso fazer isso antes do casamento... _ ela disse envergonhada.
Nesse momento eu ignorei o fato de estar com uma escova de dentes na boca e comecei a rir loucamente, respigando pasta de dente para todos os lados. Eu não conseguia parar de rir. Como assim Selena era virgem? Ela realmente falara isso sério?
_Demi você está bem? Vai morrer engasgada! _ Eu comecei a rir de uma forma mais controlada, pois Selena já estava assustando minha crise de riso. Não era algo muito comum depois que entrei nesse inferno.
_Estou bem_ respondi, porém ainda ria um pouco _ Você é virgem?! Isso é sério?
Selena corou e, ao que tudo indicava, ela era sim virgem.
_Eu quero me preservar para depois do casamento_ ela se defendeu.
_Sel, por favor, você casará com o Justin em breve, adiantar a lua de mel não seria exatamente um pecado. Vai que ele não é bom de cama! É melhor descobri isso antes... _ brinquei agora com a Selena.
_ Demetria! _ ela disse me repreendendo pela segunda parte _ Eu tenho medo da minha primeira vez. _ disse séria agora em resposta a primeira parte da minha fala _ e por mais que tenha medo disso, estou com mais medo de quando virem essa bagunça aqui que você aprontou com o creme dental e sua crise de riso.
Revirei os olhos, porém resolvi avaliar o que havia feito e Selena tinha razão, o estado do banheiro era crítico. Tinha gotinhas de creme dental espalhado por toda parte.
_”Senhorita Enfermeira Posso Sair Do Quarto E Você Não” _ brinquei _ Chame a faxineira para limpar isso.
_Estou indo já volto.
A faxineira entrou no quarto e não gostou nada do que encontrou no banheiro, deste modo começou a limpar a bagunça com cara emburrada.
O resto do dia foi como todos os outros, bem diferente da manhã animada que havíamos tido. Os assuntos do dia foram apenas assuntos que envolviam Selena e Justin. Nunca o conhecera pessoalmente, porém Selena já havia me mostrado fotos e falado tudo sobre ele. A maior parte do tempo eu não falava nada, apenas dava respostas curtas a Selena e ela já tinha se acostumado com isso.
Meu médico, Simon, dissera que a dose do meu remédio irá aumentar a partir de amanhã, os aumentos das doses e da frequência em que os remédios eram aplicados era cotidiano. Outra coisa que ele disse é que eu deveria assumir logo que tinha a doença e aceita-la para que o tratamento fizesse mais efeito e eu pudesse sair daqui mais rápido, porém como aceitar uma coisa quando se tem certeza do contrário? Ou seja continuo dizendo aos quatro ventos que  não sou louca.
A única coisa diferente no resto do dia comparado aos outros foi que nesse fiquei sem a parte que mais odiava: a visita do meu “querido” marido Wilmer. Devido a um compromisso profissional ele tivera que viajar e fiquei sem a sua visita diária. 

Prologo

Demi's POV


Já passara cinco anos desde última vez que o vi e não sei se o veria novamente. Não, não me esqueci da promessa que fiz a ele de o esperar voltar da faculdade, porém o problema é se ele ia me querer do jeito que estou agora, pois digamos que as coisas estão bem diferentes do que ele havia deixado. Me lembro de cada detalhe do dia do adeus, do dia da promessa, da última vez que vi seus olhos, os olhos do meu melhor amigo, do MEU JOE. 

flashback

Era uma tarde chuvosa de domingo, fazia muito frio, estava na casa de Joe, um lugar que me era mais familiar  do que minha própria casa. Estávamos na sala de visitas que conhecia como a palma da minha mão, era bem simples havia apenas dois sofás bejes, o chão de madeira, as paredes brancas, porém com o tempo encardidas. O barulho da chuva era o único ruído que se escutava, uma vez que nós dois não falávamos nada. 

As horas pareciam estar apostando corrida, como eu queria poder simplesmente parar o relógio. Já passava das 16 horas e em alguns minutos Joe entraria no táxi que o levaria para o aeroporto para poder passar as 3 horas dentro do avião que o levaria para a faculdade. O ar de despedida tinha sido evitado por todo o dia, porém agora parecia incontrolável. Joe puxou minha mão e me levou para fora para esperarmos o táxi na chuva. Maldita chuva, nem pudemos passar o dia ao ar livre como sempre passávamos... E também havia a promessa que fizera hoje de manhã a Joe, bem na verdade ele me obrigou a prometer, que não choraria hoje. Estava tentando cumprir, porém já tinha percebido que logo, logo, o esforço ia ser em vão pois meus olhos já ardiam, querendo chorar. 

_Não gosto de despedidas_ Eu disse quebrando o silencio _ não quero dizer adeus... _ Pronto acabou a promessa já tinha começado a chorar e minhas lágrimas se misturavam com a chuva que caia. 

_Eu disse para não chorar_ Joe disse e eu vi uma lágrima caindo do seu olho esquerdo, o que era estranho pois nunca vira Joe chorar. 

Ele me abraçou e sussurrou um "eu te amo" em meu ouvido. Me soltei do abraço para olhar em seus olhos e fomos aproximando aos poucos nossos rostos até que nossos lábios se encostaram. Foi um beijo mágico, o melhor da minha vida. Havia um gosto de despedida, mesmo assim não deixou de ser totalmente calmo e romântico. Nossas línguas se mexiam em harmonia. Era um beijo com carinho, amor, mas também com a tristeza. 

Esse beijo confundiu meus sentimentos... Joe sempre havia sido meu melhor amigo, aquele em quem confiava, quem me apoiava e me entendia como mais ninguém no mundo conseguia me entender... Nunca havíamos passado disso. Afinal éramos só amigos não éramos?

O beijo foi interrompido pela buzina do táxi, nos afastamos, ambos assustados.

_Demi, promete me esperar voltar?_ Ele perguntou. apenas fiz que sim com a cabeça, estava atordoada demais para falar. _ Você tem que dizer. _ insistiu ele

_Eu prometo_ arrisquei falar em meio aos meus soluços.

_Eu te amo, Demi!! Prometo te escrever todas as semanas... 

_Também te amo Joe! Também te escreverei.

Demos apenas mais um selinho e ele entrou no táxi. Paralisada pelo choque assisti o carro se distanciar de mim cada vez mais. Quando fez a curva eu sentei no meio fio do tapete e chorei... ignorando completamente a chuva gelada que não parava de cair. 

Fim do flashback

Irei cumprir minha promessa porém não sei se ele ainda vai me querer com as coisas do jeito que estão cinco anos depois da sua partida.